AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO FONTES
PARA O ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA: O EXEMPLO DE CUMBE (2018), DE MARCELO
D’SALETE
Palavras
Iniciais: apresentação, motivação e estrutura do texto
“Como
historiador, estou com aqueles que veem a história como uma construção
imaginativa, algo que precisa ser pensado e retrabalhado interminavelmente. Mas
não acho que ela possa ser convertida em qualquer coisa que impressione a
fantasia. Não podemos ignorar os fatos nem nos poupar ao trabalho de desenterrá-los,
só porque ouvimos falar que tudo é “discurso”. A história pode ser piorada em
vez de melhorada, e a pior versão de todas, pelo menos para uma nação de
telespectadores, talvez seja a história como dramatização.” (DARTON, 1995. p.69)
História em quadrinhos, arte
sequencial, gibi, comics, bandes
dessiness, fumetti, historietas ou simplesmente HQ’s são produtos de leitura
direcionados as massas e portanto, de grande abrangência, muito em função
também das diversas temáticas abordadas e de seus aspectos de organização
discursiva e dos objetivos comunicativos predominantes. (ARAUJO, 1997)
Propondo de forma arrazoada e sem
retomar ou chancelar uma origem, o histórico das produções em quadrinhos estão
em disputas, mas o que é mais aceito e difundido se relaciona com a invenção da
imprensa e com as práticas comunicativas através de folhetins, desde os ritos
do século XVIII.
Mas, independentemente de um marco
primeiro, nota-se nos anos finais da década de 20 e todos anos 30 e 40, do
século XX, a ascensão das produções de super-heróis, assunto claramente notório
em adesão e vendas e que foi amplamente utilizado como estratégia para
divulgação de ideais e valores, visto eventos coevos a tais produtos, como a
Crise de 1929 e a Segunda Guerra Mundial, por exemplo. (KRAKHECKE, 2009)
Posto isto, este breve texto tem por
objetivo refletir sobre o gênero história em quadrinhos e as relações com a
mídia e com a indústria cultural e do seu uso como fonte histórica para o
professor, exemplificando com uma produção que oferece subsídios para a
discussão da história da África, implicada na docência da Educação Básica.
Destarte, a discussão proposta visa
refletir em termos técnicos a utilização das histórias em quadrinhos como
produtos midiáticos, seus usos pelo professor em sala de aula e a
exemplificação com uma obra que subverte temáticas postas como hegemônicas e
propõe outro mote de discussões, que não devem ser tomadas a partir de uma
perspectiva hierarquizante.
As
Histórias em Quadrinhos, a Mídia e a Indústria Cultural
“O perigo de ignorar o passado público
pode acarretar a perda da visão dialética da História e da vontade política que
leva à crise e à construção de projetos futuros. [...]. Sem um conhecimento
sólido do passado, voltado para a ação e participação democráticas, somos
levados à ignorância e à omissão que permitem total liberdade aos detentores do
poder.” (JANOTTI in BITTENCOURT,
1997.)
A mídia é produto e produtora de uma
série de elementos que permeiam a nossa sociedade. A mediação realizada por ela
é intencional e se relaciona com uma série de formulações de valores e
princípios que são propalados pelos veículos de comunicação.
Thompson (2002) e Guareschi (2000) já
alertaram para as imbricações entre a influência e a reprodução que os veículos
midiáticos exercem nas configurações de pensamentos, bem como os jogos de poder
e a prevalência de interesses específicos em detrimento de outros desenvolvidos
pelos processos comunicativos da mídia.
Atualmente, discute-se o poderio da
mídia, outrora considerada um quarto poder social, muito em função da ascensão
de novos veículos e aplicativos de comunicação instantânea etc. Entretanto,
ainda é indiscutível o seu papel e a sua influência, mesmo que minorada, na
conformação de identidades e de interesses, por exemplo. Os quadrinhos, como
outros meios, pertencentes a uma estrutura da mídia, são ferramentas eficazes
para contestação de uma ordem vigente ou disseminação de uma série de
pressupostos.
Como supracitado, a sua estrutura de
organização interna favorece sua leitura e como será exposto a posteriori, seu destino abrangente,
favorece a formação de opinião pública e pode ser um documento muito insidioso para
o entendimento de uma determinada realidade social.
Embasado nestas discussões, o conceito
de indústria cultural é fortuito para a reflexão. Partindo dos contextos de
produção e das clivagens intencionais, mesmo que não seja a finalidade ou que
seja explícito, as HQ’s entendidas como um produto cultural, observa-se o apelo
a venda e a assimilação.
Assim, na década de 30, do século XX,
pesquisadores da Escola de Frankfurt, notadamente reconhecidos por entre
outros, estudos de economia política e educação, através de uma análise social
propunham refletir sobre a arte como instrumento de manipulação.
Então, surge o conceito de indústria
cultural em contraposição a cultura popular, em função de uma clara mudança nos
produtores e nos destinatários de tais produções: a primeira é confeccionada para
o consumo do povo e a segunda é fruto do povo em si. Portanto, ocorre de forma
explícita o entendimento de propagação ideológica e de no mínimo, uma dualidade
existente na comunicação oferecida pelos quadrinhos. (FREITAG, 1986)
Um aspecto que concerne pontos de toque
e de afastamento frente a obra que será analisada neste texto é que ela
pertence a um gênero com as características citadas, tanto de organização
interna, quanto nas intenções. É importante registrar, que existe vasta
literatura crítica e revisionista sobre as teorias da Escola de Frankfurt, que
não será analisada por não compor os objetivos do texto. O marco citado foi em
relação ao novo entendimento proposto sobre os produtos de comunicação.
Entretanto, o que pode ser considerado como um
salto qualitativo na análise refere-se a temática da obra analisada que foge a
um padrão já conhecido e amplamente divulgado de super-heróis, além de um
contexto outro. Assim, como também o trabalho em sala de aula, realizado com
outras HQ’s já reconhecidos, o da pensada aqui, também subverte uma ordem
temática, no caso, a história da África.
Os
quadrinhos como fontes históricas: relações entre o professor e a sala de aula
“A História possui objetos e sujeitos
porque os fabrica, inventa-os, assim como o rio inventa o seu curso e suas
margens ao passar. Mas estes objetos e sujeitos também inventam a história, da
mesma forma que as margens constituem parte inseparável do rio, que o inventa.”
(ALBUQUERQUE JR, 2007, p.29).
As HQ’s independe de seu cunho temático
fantástico ou não, carregam consigo uma série de referências de sua época. Em
função de uma noção mais estreita da historiografia acerca fontes históricas,
com ênfase nos documentos oficiais, os quadrinhos ficaram à margem das
produções.
Contudo, este panorama já carrega
mudanças significativas pois, o escopo de fonte vem progressivamente
tornando-se mais lato e abrangendo portanto, as HQ’s. Assim, conforme Vergueiro
e Santos (2006) os aspectos ligados a sociedade e cultura podem ser
preconizados na análise, tomando os locais de produção das histórias e dos
produtores: época, os tipos, se trata de uma ficção-histórica ou de um tipo de
retrato que almeja-se mais fiel, os clivos das intenções etc., aspectos que são
do métier do historiador.
Portanto, em um trabalho de análise
histórica que se pretende holístico e que possibilite as variadas vozes, e que
assumam modelos e recortes diversos que expõem a abertura de entendimentos e de
participações, Umberto Ecco, tratando sobre estética e teorias da informação,
já evidenciara os aspectos possíveis de análise de uma obra:
“Definir os
limites dentro dos quais uma obra pode lograr o máximo de ambiguidade e
depender da intervenção ativa do consumidor, sem contudo deixar de ser uma
“obra”. Entendendo-se por “obra” um objeto dotado de propriedades estruturais
definidas que permitam, mas coordenem, o revezamento das interpretações, o
deslocar das perspectivas [...] diremos que só nos referimos a um modelo na
medida em que possa ser manobrado: é um modelo para indicar uma forma comum a
diversos fenômenos.” (ECCO, s/d, p.23)
No que se refere as relações entre
fontes, quadrinhos e sala de aula, precisa-se inicialmente propor uma distinção:
o trabalho do historiador é diferente do professor. Apesar de parecer um tanto
clara esta conclusão, mas diferenciação é mais sutil e se refere as perguntas
realizadas durante o processo de produção e troca do conhecimento. Pois, apesar
das produções e destinatários diversos, o bom professor e o bom pesquisador,
precisam e fazem, de forma compartilhada, mesmo que não explícito, da
comunicação e da pesquisa, atributos principais e respectivos dos citados.
Posto isto, o uso de tirinhas e de
outros gêneros textuais, que exploram outras formas de linguagem, sem ser a
verbal e que oferece outras formas de organização das mensagens são positivas,
no sentido de estreitar a relação entre um produto que é cotidiano, presente e
acessível para o público interlocutor com a disciplina escolar em questão. Para
além de um trabalho de planejamento didático e pedagógico, com finalidades de
transposição didática do conteúdo, quando enfoca-se o educando, é nítido uma
intenção de protagonismo daquele personagem no espaço de aprendizagem e a
sensação de pertencimento, de participação naquela história, outrora distante.
Assim, quando o aluno está envolvido de
forma ativa no processo de ensino-aprendizagem, com o professor assumindo um
papel de mediador na construção dos vários conhecimentos, abre-se uma
infinidade de itinerários, de percursos teóricos para se chegar em pontos que
culminam em constructos comuns ou não.
O papel da História, do processo e dos
processos de trocas em espaços de ensino, entre outros, não são apenas
chancelar posturas consideradas verdades. É com o diálogo, as críticas, as
junções de saberes preexistentes, da experiência com os saberes científicos,
podem-se ser um caminho possível para uma formação ampliada. Caso, independente
das vias tomadas, a crítica, a aproximação e o diálogo não prevaleçam,
formar-se-ão apenas, Funes, personagem de um conto homônimo do escritor
argentino Jorge Luís Borges:
“Funes não
recordava somente cada folha de cada árvore de cada monte, como também cada uma
das vezes que a tinha percebido ou imaginado [...]. Era-lhe muito difícil
dormir. Dormir é distrair-se do mundo [...]. Tinha aprendido sem o esforço o
inglês, o francês, o português, o latim. Suspeito, entretanto, que não era
muito capaz de pensar. Pensar é esquecer as diferenças, é generalizar,
abstrair. No abarrotado mundo de Funes não havia senão pormenores, quase
imediatos.” (BORGES, 1975)
Cumbe,
de Marcelo D’Salete: por outras histórias africanas no Brasil
“A palavra ‘cumbe’ é sinônimo de quilombo em alguns países americanos. Nas
línguas congo/angola tem também o sentido de sol, luz e fogo trançado ao poder
dos reis e à forma de elaborar e compreender a vida e a história. [...] Os
dramas dos quadrinhos apresentam personagens e contextos resvalados ou
mergulhados nas palhas da loucura, da doença, da paixão, da obsessão machista e
das contradições dos envolvimentos afetivos e sexuais com brancos [...] Nesta
teia lateja o movimento político graúdo, coletivo e central da organização dos
refúgios e [...] na alegria precários da resistência miúda, marginal, nas
relações pessoais fervidas nas águas de sonhos cansados.” (ALLAN DA ROSA em
apresentação do livro à edição brasileira.)
Após breve panorama sobre o gênero HQ,
seus uso enquanto fonte e objeto para estudos históricos e o caminho de
possibilidades para a sala de aula, é exposto um exemplo que confere um ponto
de culminância, entre tantos outros, das questões teóricas postas. Assim, será
enfocado o livro Cumbe do autor Marcelo D’Salete. O livro que traz aspectos da
cultura Banto, já postos na língua e no título, retrata 4 histórias, que podem
ser interligadas ou não, com o protagonismo negro, dos escravizados.
Na primeira história o horizonte de
liberdade e de fuga estão postos na vida de um casal de escravos, mas sob uma
óptica distinta. Enquanto ela, que servia dentro da casa grande, tinha um cotidiano
de trabalho, ele, escravo das lavouras e dos serviços pesados, tinha um outro
sentido. A partir desta contradição e dos entendimentos religiosos, repensados
e reintegrados com a mudança de local, a história se desenvolve.
Com narrativas marcadas pela vida
privada de senhores, senhoras e escravas, em sua segunda história, o caso de
abuso de poder e de violência, marcada por sentimentos dúbios e amorosos,
marcam a vida de uma escrava que teve seu filho, fruto da relação com o seu
senhor, jogado em um poço pela esposa dele, tem os desdobramentos a partir da
perspectiva da escrava.
Os dois últimos enredos retratam também
a perspectiva da fuga, da libertação, como sugere o título, a partir da
rebelião. Apesar de sucessos e problemas nas tentativas, o protagonismo negro
vem nas organizações para engendrar tais movimentos, revela aspectos sociais e
religiosos dos grupos e denota a não passividade, posta anteriormente como
característica.
As histórias são contadas de modo a
permitir múltiplas interpretações dos interlocutores. E mesmo que todas sejam
permeadas por questões complexas, a apresentação é proposta de um modo que
favorece as nuances outras das culturas, das adaptações e das religiosidades.
E esta é a diferença, frente a outras produções
e até a uma historiografia considerada clássica nos estudos sobre a escravidão,
dos meados do século XX, denominada como Escola Paulista e /ou Uspiana, que tem
uma virada a partir da década de 1990, com a saída do negro de um lugar de
objeto e de um novo olhar frente as relações internas e com outrem naquelas
sociedades, na denominada Escola Carioca.
O livro promove uma atenção especial
trazendo um glossário com as palavras em Banto e também oferece, em seu final,
um estudo dos traços e dos desenhos, mostrando uma preocupação frente a
estereótipos.
Sobre o autor, agraciado com prêmios de
monta na área de criação de quadrinhos e como o livro em questão editado para
quatro países estrangeiros, tem uma trajetória de criações sobre as juventudes negras,
a violência sofrida por estes grupos e as dinâmicas de segregação do espaço
urbano.
Portanto, após breve contextualização
da obra e do autor, almeja-se propor relações teóricas que possam ser
analisadas a partir da obra. É interessante ressaltar que o livro pode ser
entendido como um instrumento para retratar conteúdos disciplinares específicos
ou em uma perspectiva multidisciplinar.
O trabalho de Luiz Fellipe de
Alencastro oferece subsídios para a reflexão sobre os grupos e os traslados
entre África e Brasil, demonstrando que relações entre as regiões não eram
cerceadas por um controle europeu. As proposições de João Reis fomentam
perspectivas sobre a organização social dos povos trazidos do continente
Africano para o Brasil como escravos.
O texto de Robert Daibert propõe pensar
as questões de religiosidade e dos grupos sociais na hierarquia dos mais
velhos, mais sábios. As pesquisas de Robert Slenes sobre as identidades
político-cultural dos Bantos e os processos de ressignificação linguística que
entre outros galgaram a sobrevivência. Este são alguns pontos específicos que
podem ser retratados, presentes nos manuais didáticos e com a mediação do professor
e a proposição de reflexões sistemáticas tem lugar para serem retratadas na
escola.
Entretanto, a tônica do texto visa
pensar as relações didáticas e pertinentes aos aspectos pedagógicos do
professor e do ambiente escolar. Então, o enfoque apresentado será outro.
Assim, segundo Gomes (2012) é preciso
promover uma descolonização dos currículos que não é representada por uma
sobreposição de conteúdos, mas revendo a estrutura dos documentos que oferecem
os parâmetros disciplinares, considerando-os como repletos de intenções e
ideários. Logo, é preciso reconhecer a diversidade das epistemologias, dos
métodos científicos e que tudo é cultura, quebrando os silêncios e
apresentando, mesmo que conflituoso, o distinto, o outro polo. Neste sentido,
Munanga (2004) adverte sobre o perigo de hierarquizar e como este critério foi
utilizado para, entre outros pontos, criminalizar, excluir e marginalizar os
negros.
Do ponto de vista legal, é importante
ressaltar os avanços conseguidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para
as Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana, que sob a presidência da professora Petronilha
Silva, que oferece caminhos valorativos para a reeducação na perspectiva da
temática e do exercício de quebra de paradigmas proposto sobre o negro e uma
medida de reconhecimento e enfrentamento contra o racismo.
Portanto, a partir de tais pressupostos
e da apresentação do livro, de forma arrazoada, pretende-se traçar um horizonte
que instigue e provoque a uma nova prática escolar, que mesmo, com os problemas
já sabidos e a miríades de idiossincrasias, pode fomentar pequenas
transformações e apresentações.
À
guisa das considerações finais: por um outro ensino de História
“No processo de aprendizagem, o
professor é o principal responsável pela criação das situações de trocas, de
estímulo na construção de relações entre o estudado e o vivido, de integração
com outras áreas de conhecimento, de possibilidade de acesso dos alunos a novas
informações, de confrontos de opiniões, de apoio ao estudante na recriação de
suas explicações e de transformação de suas concepções históricas.” (BRASIL,
1998, p.40)
Pensando em Alberti (2013) o ensino da
África e do africano deve romper uma perspectiva particular que visa
homogeneidades e não se restringir a temas específicos, em uma óptica limitada
e estereotipada. Propondo um maior protagonismo e agência aos discentes,
precisa-se propor uma História e um ensino que não insista em essencialismos,
cientes dos múltiplos contextos históricos, sensíveis, visando transformação,
mesmo que vagarosa e procedimental, e compromissada com a democracia e a boa
convivência com os diferentes.
Com exemplos práticos que a autora
fornece, algumas relativizações são positivas para a reflexão, como: a não
associação direta do negro à escravidão e do branco ao trabalho livre, não
colocar o negro como incompetente ou como vítima, barbárie e a análise crítica
de certos documentos, fontes sobre os negros. De certo, é um trabalho difícil e
que carrega algumas resistências, entretanto, o professor tem possibilidades de
no ambiente de aprendizagem, propor relações, oferecer textos e materiais
outros, comprometidos com uma integração das histórias e com o combate ao racismo,
por exemplo.
Destarte, após apontamentos de natureza
teórico-prático sobre as HQ’s como fontes, seus usos em sala de aula e o
apontamento específico para uma obra em si e es estudos de cultura e história
afro-brasileiros, espera-se que as reflexões forjem novos imaginários para
novos tipos de ensino de histórias.
Referências
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Caio Corrêa Derossi é licenciado em
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É ustudo muito interessante e que me desperta muita atenção também, pois também procuro trabalhar quadrinhos no ensino de história. Você diz procurar traçar um horizonte que instigue e provoque a uma nova prática escolar, que pode formentar pequenas transformações e apresentações. Deste ponto, questionou qual seria o horizonte traçado, e quais transformações e apresentações poderia ocasionar?
ResponderExcluirÉ um tema super importante, e uma metodologia bastante interessante. Gostaria de saber como você o impacto desse tema abordado a partir de história em quadrinhos?
ResponderExcluirOlá, Caio Corrêa Derossi! Boa noite. Muito interessante a sua pesquisa. Não é fácil encontrar pesquisas que se refiram ao uso de HQs em sala de aula e que dissertem sobre a história africana e os dois elementos em um só pesquisa é sensacional. As HQs se configuram como um ótimo recurso para o ensino aprendizagem desde que elas encaminhem o aluno para o assunto a ser ministrado em sala pelo professor então deve-se atentar também para o tamanho das histórias contidas. Porém a minha pergunta é o uso dessas histórias em quadrinhos seriam delas completas ou de apenas algumas partes? E elas seriam elaboradas pelo próprio docente?
ResponderExcluirCordialmente, Antonia Stephanie Silva Moreira.
Texto excelente! Levar para sala de aula métodos novos, para além dos livros didáticos, estando nessa atualidade que nosso oficio está o tempo todo sendo ameaçado é incrível,oferecendo materiais que instiguem os alunos a pensarem, a olharem ao seu redor e buscar outro tipo de leitura são essenciais, mas como buscar um diálogo entre a livro didático, os quadrinhos e realidade local de um aluno, cujas suas condições sócio-econômicas sejam precárias?
ResponderExcluirCristielle Reis Santos
Tendo em vista que no mundo pós moderno temos uma explosão de novos modos de se contar história, entre um deles esse no qual se direciona seu estudo, temos que ressaltar que é um meio didático e quem chama atenção do público alvo, porem devemos nós ater também as problemáticas, então queria saber até onde para você a didática anda de mãos dadas com a coerência histórica, e até onde podemos confiar nesses novos documentos históricos até mesmo como fonte?
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