“EBA! HOJE É FILME” E TEM
AULA!: OS FILMES NO ENSINO DE HISTÓRIA
Tendo em vista
as discussões acerca do uso de outras fontes, para além das escritas, no ofício
do(a) historiador(a), que se consolidaram, sobretudo, durante o século XX, esse
artigo visa debater sobre a utilização delas como recurso didático no ensino de
História. Nesse sentido, privilegia-se um debate tendo como foco o filme
enquanto um documento que possibilita, ao professor(a) de História, seu uso em
sala de aula. Para tal, são utilizados autores(as) tanto da área de Educação
como de História, a fim de que, dessa forma, possa ser realizada uma
análise que contemple os debates sobre
fontes históricas, ensino de História e uso de películas como instrumento
pedagógico.
Introdução
O ensino de
História está, muitas vezes, ligado a um pensamento que confere a essa
disciplina o status de matéria chata,
associada ao passado, o qual não é visto como importante ao presente. Aliado a
isso, a História também é vista como estudo de coisas velhas (velho aqui adquirindo um sentido pejorativo), de
datas, guerras, enfim, eventos que se passaram e que a história tem o dever de
contar nos livros, como se fosse um diário, narrando os acontecimentos numa
ordem cronológica linear, por meio do uso de documentos escritos, mofados e com
odor forte. Nessa perspectiva, a História, para além de disciplina chata – algo
relativo e que pode ser aplicado a outras disciplinas –, é também sem
relevância à nossa realidade, o que pode ser observado, por exemplo, na Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de
2015, conhecida como a Lei da Reforma do Ensino Médio, sancionada pelo
presidente Michel Temer. Nela, as únicas disciplinas obrigatórias são
Português e Matemática, sendo História sequer citada explicitamente no
documento (cf. § 3º do
Art. 3º). Dessa forma, o pensamento comum construído sobre
essa disciplina, se legitima em uma lei que contribui para o processo de
marginalização da mesma.
No entanto, há discussões e práticas, as quais confrontam esse discurso
geral, que se estabeleceram, sobretudo, durante o século XX, devido às mudanças
nos paradigmas científicos da História. Primeiro, no que tange ao objeto de
estudo dela – o homem, no espaço e no tempo, e suas produções –, isto é, os
estudos históricos não mais associados somente às guerras, às batalhas, às
comemorações oficiais, aos heróis oficiais etc., mas ligados a temáticas que se
referem ao cotidiano, à cultura popular, a personagens antes ignorados(as). Em
segundo lugar, no que diz respeito às fontes utilizadas na construção do
conhecimento histórico, as quais não se restringem apenas aos documentos
escritos e oficiais relacionados ao Estado, reconhecendo o filme, a música, as
fontes orais, o jornal, dentre outras tantas, enquanto documentos históricos.
Ao lado dessas questões, a prática, no que concerne ao ensino de História,
também precisou se adequar, permitindo a docentes e discentes discutirem essa
disciplina por meio de novas perspectivas e metodologias, com uso diversificado
de fontes em sala de aula enquanto mecanismo pedagógico.
É necessário ressaltar, entretanto, que o uso de fontes, para além do
livro didático, em sala de aula, ainda é uma prática pouco utilizada, por
questões variadas, como, por exemplo, uma estrutura escolar que não obtém
condições materiais básicas para exibição de um filme em sala; e, quando
acontece o uso, na maior parte das vezes, é de modo desconectado com a temática
que está sendo discutida com os(as) discentes ou simplesmente como ilustração
sem a devida análise. Dessa forma, não é raro que se utilizem filmes ou
músicas, a fim de se entreter os(as) alunos(as) ou para suprir a falta de
algum(a) docente.
Em vista disso, atentando para um ensino de História articulado ao uso de
fontes que estão próximas do cotidiano da sociedade no geral, ou seja, ao
presente e a realidade dos(as) discentes, a discussão seguinte se estrutura na
ideia de que a utilização dos filmes em sala de aula, para além do livro
didático, se mostra como um mecanismo didático-pedagógico útil – tanto à
História quanto aos docentes e discentes, caso eles sejam utilizados de forma
adequada. Evidentemente, não se pretende desconsiderar a relevância do livro
didático, visando sua substituição por uma ou outra fonte como padrão – mas,
sim, uma integração ao livro –, haja vista que a leitura é essencial no
processo de ensino-aprendizagem de História.
Os filmes, a
História e a docência
Os filmes são,
comumente, associados à ideia de entretenimento, noção essa que está
relacionada ao pensamento de quando o cinema foi criado. Criação que é filha do
fim do século XIX e era considerada como simplesmente uma máquina, a fim de
entreter ou até embrutecer as pessoas. Nessa época, “para a sociedade cultivada
e para os notáveis, o cinema é um espetáculo de párias” (FERRO, 1992, p. 71).
Por outro lado, durante a primeira metade do século XX, devido ao intelectual
italiano Ricciotto Canudo, com a produção do Manifeste des Sept Arts (1911), publicado na década seguinte, o
cinema passa a ser considerado, ao lado das outras artes, como a Sétima Arte. Aliado a isso, nas últimas
décadas, os filmes passaram, cada vez mais, a ser utilizados no ensino de
História, pelo fato de, antes de tudo, nos anos 1970, eles serem compreendidos
enquanto fontes históricas; e, também, pelo estabelecimento das Novas
Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs) e das Tecnologias Digitais de
Informação e Comunicação (TDICs), tais como celulares, computadores, pen drives, para citar algumas. Porém,
não raro, eles ainda são usados, em sala de aula, como recurso que serve
simplesmente ao entretenimento sem que haja uma discussão histórica.
É preciso que se
compreenda que o Cinema trata da História antes dela considerá-lo documento
histórico, isto é, desde o início, as produções cinematográficas tratavam de
questões consideradas históricas. Dessa forma, a relação entre essas duas áreas
pode ser compreendida a partir de três abordagens, de acordo com Marcos
Napolitano (2008, p. 240-41):
“O cinema na História; a história no cinema
e a História do cinema. Cada uma das três abordagens implica uma
delimitação específica: O cinema na
História é o cinema visto como fonte primária para a investigação
historiográfica; a história no cinema
é o cinema abordado como produtor de ‘discurso histórico’ e como ‘intérprete do
passado’; e, finalmente, a História do
cinema enfatiza o estudo dos ‘avanços técnicos’, da linguagem cinematográfica e
condições sociais de produção e recepção de filmes.”
Evidentemente,
quando se utiliza o filme em sala de aula, o(a) discente precisa se debruçar,
especialmente, na primeira forma de abordagem, haja vista que a intenção de
usar uma obra cinematográfica, no ensino de História, necessita estar
diretamente associada à compreensão do filme enquanto fonte histórica, antes de
mais nada, e ao seu uso, como recurso didático, com relação a algum assunto que
esteja sendo trabalhado especificamente em sala. Por exemplo, caso esteja sendo
estudado sobre o processo da Revolução Francesa, iniciado em 1789, o(a)
professor(a) selecione uma obra que se refira a algum aspecto desse evento.
Essa se coloca como uma das exigências fundamentais para um uso adequado de
filmes em sala de aula, tendo em vista que, muitas vezes, eles são exibidos de
modo descontextualizado, com finalidade lúdica e só. Isso se coloca como um
grande problema, tendo em vista que, às vezes, acontece do(a) docente exibir um
filme que esteja de acordo com a temática. Entretanto, ele é exibido de modo
desprendido de alguma atividade que diga respeito a uma análise que o relacione
com o assunto, fazendo com que se reproduza o discurso, por parte dos(as)
alunos(as), como: “ah, hoje não tem aula, o(a) professor(a) vai passar filme.” Dessa
forma, o que poderia ser utilizado como ferramenta educativa, tem seu uso
limitado para fins recreativos.
Dessa maneira, se reproduz, consciente ou inconscientemente, uma visão
baseada no livro didático enquanto fonte exclusiva e o filme como mero artefato
ilustrativo e/ou a serviço do entretenimento, contra aquilo que Selva Fonseca
pontua acerca dos livros:
“O livro
didático é uma fonte importante, mas não deve ser a única. A formação de
sujeitos livres, cidadãos do mundo, requer uma atitude de respeito para com o
mundo, para com o conhecimento produzido, mas também de crítica. O exercício da
crítica é nossa principal ferramenta nas lutas cotidianas pela (re)construção
da história” (FONSECA, 2003, p. 56).
Por esse motivo,
nota-se que, por mais que seja comum o reconhecimento do filme enquanto
documento histórico, seu uso, no ensino de História, por vezes, ignora isso.
Com relação a esse aspecto, o filme precisa estar integrado ao uso do livro
didático, reconhecendo o valor da leitura, bem como o da película como modo de
criar uma relação mais prazerosa e íntima com o conhecimento histórico.
Robert
Rosenstone, discutindo a respeito da relação Cinema-História, destaca que “o
filme quer mais do que apenas ensinar que a história ‘dói’, ele quer que você,
espectador, vivencie a dor (e os prazeres) do passado” (ROSENSTONE, 2015, p.
34). Baseando-se nessa acepção, é possível considerar o filme uma fonte
indispensável no trabalho pedagógico do(a) professor(a) de História, na medida
em que utilizá-lo garante aos discentes não só compreender o assunto que se
pretende discutir, como também senti-lo, garantindo que a disciplina de
História esteja mais próxima da realidade do alunado. Mais: que os(as)
alunos(as) percebam a História como conhecimento vivo, que pode ser
compreendido de diversas formas, contribuindo, assim, para um pensamento mais
crítico.
Há uma tarefa
que é vital para o(a) professor(a) que pretende fazer uso da fonte fílmica,
além de, claro, estar atento à classificação indicativa das filmes: não
exibi-los com a finalidade de substituir a leitura do material didático, pois a
intenção de utilizá-lo em sala não visa um desincentivo à leitura, o que seria
um problema, visto que o hábito de ler livros não se localiza, no geral, entre
as práticas frequentes de jovens. Dessa maneira, uma leitura introdutória e uma
aula sobre a temática são imprescindíveis, na medida em que familiarizam os(as)
alunos(as) com o assunto do filme. A partir disso, um mesmo tema poderá ser
visto de dois modos, possibilitando que, por exemplo, algo não entendido na
leitura seja compreendido através do filme e vice-versa.
Ademais, vale
frisar que o uso do filme posterior a uma leitura é tão importante quanto se
assistir a um filme antes de ler sobre ele. Ou seja, tendo o ato de ler sempre
presente, propõe-se que, se o objetivo fosse uma leitura de um texto analítico
acerca de determinada obra cinematográfica, assisti-la antes seria positivo, na
medida em que poderia, por exemplo, ser esclarecido, no texto, algo não
percebido na película; se a finalidade é servir ao ensino de determinado
assunto, então, por meio de uma leitura e uma aula introdutória, a turma poderá
entender o filme de forma mais crítica, estando mais atento às metáforas, caso
sejam bastante utilizadas na obra. Evidentemente, esse não é o único método,
tampouco o melhor, mas se mostra, na prática, bastante proveitoso.
Outra questão se
refere a mais dois compromissos que o docente precisa ter: antecipadamente, é
necessária a preparação de um roteiro, bem como obter conhecimento acerca da
obra que se pretende utilizar (assistir ao filme), destacando os pontos que se
referem à temática estudada (NAPOLITANO, 2009, p. 10-31). Como pontua Igor
Lapsky (2017, p. 109), em uma discussão acerca do uso de filmes em sala de
aula:
“O cinema não
pode ser tratado como uma forma de ‘diversão’ ou ‘passatempo’ para os alunos e o
professor e os filmes utilizados em sala devem passar por um planejamento para
utilização, pois é uma ferramenta importante para ilustrar determinados
períodos aos alunos, a partir dos diversos elementos existentes em um filme.”
Além disso, cabe
ao professor(a) estar ciente de que a película, assim como qualquer outra
documentação histórica, não é uma janela para o passado, considerando-a como
objetiva, desprezando as intenções de quem a produziu e, sendo vista, assim,
como a verdade. Isso pode influenciar,
por exemplo, no momento de selecionar qual obra utilizar: muitas pessoas, e
aqui não só docentes, optam por utilizar o filme-documentário como um gênero
que tem por finalidade mostrar a verdade, exibir o que realmente aconteceu,
pondo o filme de ficção como mera produção fantasiosa sem compromisso com a
realidade. Esse tipo de pensamento revela um caráter positivista, dominante no
século XIX, quando a História foi reconhecida na qualidade de ciência, ainda
presente em alguns discursos. Napolitano (2008, p. 240) salientando o atual modus operandi dos(as)
historiadores(as), afirma que:
“Na perspectiva
da moderna prática historiográfica, nenhum documento fala por si mesmo, ainda
que as fontes primárias continuem sendo a alma do ofício de historiador. Assim,
as fontes audiovisuais e musicais são, como qualquer outro tipo de documento
histórico, portadoras de uma tensão entre evidência e representação.”
Nesse sentido, é
preciso que o(a) professor(a), tendo isso como base, exponha essa discussão em
sala, a fim de que a turma tenha conhecimento do abismo entre realidade e representação, compreendendo que nenhuma fonte é o fato em si, que
os documentos não carregam verdades absolutas; caso contrário, o trabalho do(a)
historiador(a) seria o de narrar o que as fontes expressam, se alheando de uma
interpretação crítica – essencial em seu ofício.
Há, ainda, dois
aspectos que precisam ser contemplados. Primeiro, no que tange a escolha do
gênero. Em vista do que foi exposto acima, o(a) professor(a) necessita entender que é possível, sim,
trabalhar com filmes ficcionais nas aulas de História, haja vista que nenhum,
seja ele do gênero filmes históricos,
seja ele documentário, possui a verdade histórica. Nesse sentido,
compreende-se que os filmes de ficção revelam os “anseios de uma sociedade
contemporânea, em que os heróis e os vilões funcionam como uma representação
dos medos e esperanças da sociedade” (LAPSKY, 2017, p. 118); ou, como destaca
William Meirelles (2004, p. 82), o “filme de ficção científica está carregado
dessas visões de futuro impregnadas de mentalidade de uma época e, por
excelência, é o repositório de medos, esperanças, desejos”. Dessa forma, torna-se
essencial que o documentário não seja visto como “uma ‘aula de história’
neutra, mas uma habilidosa obra que deve ser interpretada pelo espectador com o
mesmo cuidado dedicado à interpretação de um filme dramático” (ROSENSTONE,
2015, p. 112). Assim, parte-se do pressuposto que os filmes são produções
construídas por meio das intenções de quem os criam.
Levando isso em
consideração, é importante, em segundo lugar, que ao trabalhar com a sétima
arte, em sala, o(a) docente não só atente para o conteúdo do filme (do que ele
trata especificamente), mas também para as questões técnicas, tais como o
gênero, a data de origem, quem produziu e o contexto em que o produziu (isso se
encaixa na elaboração do roteiro prévio). Isso, na acepção de Marc Ferro (1992,
p. 87), é um modo de analisar o filme com o que não é o filme, possibilitando,
assim, “chegar à compreensão não apenas da obra, mas também da realidade que
ela representa”. Essa é uma maneira de estimular o senso crítico da turma, na
medida em que poderá também se pensar a relação do filme com a realidade
escolar em que está se utilizando a película. Então, caso o tema seja a escravidão
africana no Brasil, pode-se utilizar, por exemplo, Ganga Zumba (1963) e/ou Xica
da Silva (1976), ambos dirigidos por Cacá Diegues. Ou seja, filmes lançados
em contextos diferentes, ambientados em épocas distantes (período colonial).
Dessa forma, analisar aspectos coloniais presentes na sociedade atual é uma das
muitas maneiras de discuti-los, salientando, também, os contextos de produção
(o primeiro no pré-ditadura; o segundo, no contexto de distensão política do
período ditatorial). Vale destacar que aqui não se estabelece em qual turma
específica esses filmes podem ser utilizados, cabendo ao(a) professor(a) essa
decisão, atentando, certamente, para a classificação etária de ambas as obras.
Além disso, a sugestão temática é só um exemplo, o que significa dizer que,
essas produções, podem ser aproveitadas a fim de se trabalhar outros assuntos,
para além do tema proposto. Isso feito, possibilita que os(as) alunos(as) vejam
a História através de seus processos de continuidades e descontinuidades, em
que passado e presente se distanciam e se conectam, contribuindo para a desmarginalização
dessa disciplina.
O tempo das
aulas de História, em média com duração de 50 minutos, além de problemas na
estrutura da escola, como, por exemplo, falta de equipamentos para exibição ou
difícil acesso à internet, se apresenta como uma das dificuldades no que
concerne ao uso do filme em sala de aula. Em razão disso, se baseando na
construção de um planejamento anterior para tal atividade, já enfatizado, o(a)
docente pode tentar um acordo com algum(a) colega, que ensina outra disciplina,
a fim de utilizar sua aula para a plena realização da atividade; pode, ainda,
depois da aula introdutória, sugerir que o filme seja visto, pelos(as)
discentes, em casa, para posterior atividade em turma. Convém sublinhar, a
necessidade de uma avaliação, quando se pretende propor assistir em domicílio,
no que se refere à acessibilidade do filme – se ele pode ser visto online, se
pode ser compartilhado via pen drive,
se está disponível para download, dentre outras questões as quais se exigem
atenção; e, também, se a turma tem acesso fácil à internet, assim como a
equipamentos que possibilitem assistir a película fora do ambiente escolar. Caso
prefira, há ainda a possibilidade de utilização de curtas-metragens ou o corte
de cenas específicas de alguma obra, se mostrando uma alternativa viável, caso
se integre ao assunto específico.
Portanto, diante
desse breve debate, sobre algumas questões do uso do cinema em sala de aula,
percebe-se o quanto o filme, além de obra de arte e fonte histórica, é um
importante recurso para o ensino de História. Todavia, não é o único, sendo
essenciais estruturas adequadas no âmbito educacional, além de estímulo,
interesse e preparo por parte dos(as) docentes, a fim de que se utilizem outras
fontes as quais podem auxiliá-los(as) no exercício da docência.
Referências
Gabriel Bandeira Alexandre é graduando de
Licenciatura em História pela Universidade de Pernambuco (Campus Mata Norte). Bolsista
PIBIC/CNPq e integrante do Laboratório de Estudos do Tempo Presente (TEMPO/GEHSCAL),
sob orientação do Prof. Dr. Igor Lapsky da Costa Francisco. E-mail: gabrielbandeiraa@outlook.com
FERRO, Marc. Cinema
e História. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 1992.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história: Experiências, reflexões e
aprendizados. Campinas, SP: Papirus, 2003.
LAPSKY, Igor. Cinema em sala de aula: para além do filme histórico. In: BUENO, André;
CREMA, Everton; ESTACHESKI, Dulceli; NETO, José Maria [org.]. Canteiro de
Histórias: textos sobre aprendizagem histórica. Rio de Janeiro/União da
Vitória: Edição Especial Ebook LAPHIS/Sobre Ontens, 2017. Disponível em: https://books.google.com.br/books/about/Canteiro_de_Hist%C3%B3rias_textos_sobre_apre.html?id=nDmjDgAAQBAJ&printsec=frontcover&source=kp_read_button&redir_esc=y#v=onepage&q=igor%20lapsky&f=false.
Acesso em: 28 jan. 2019.
MEIRELLES,
William Reis. O cinema na história: o uso do filme como recurso didático no
ensino de história. História &
Ensino, Londrina, v. 10, p. 77-88, out. 2004. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/article/view/11966.
Acesso em: 28 jan. 2019.
NAPOLITANO, Marcos. Cinema: experiência cultural e
escolar. In: TOZZI, Devanil (org.). Caderno
de cinema do professor: dois. São Paulo: FDE, 2009. Disponível: http://culturaecurriculo.fde.sp.gov.br/cinema/cinema.aspx?menu=14&projeto=3.
Acesso em: 28 jan. 2019.
NAPOLITANO,
Marcos. Fontes audiovisuais: A História depois do papel. In: PINSKY, Carla
Bassanezi (organizadora). Fontes
históricas. São Paulo: Contexto,
2008.
ROSENSTONE,
Robert A. A história nos filmes, os
filmes na história. São Paulo: Paz e Terra, 2015.
BOA NOITE,
ResponderExcluirDE MODO PARTICULAR, ACREDITO QUE A MAIORIA DOS PROFESSORES, AO MENOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA, CONHECEM BEM A IMPORTÂNCIA DO USO DO FILME EM SALA DE AULA. PRINCIPALMENTE, PELA POSSIBILIDADE DE REPRESENTAÇÃO DA NARRATIVA HISTÓRICA DE UM TEMPO, ESPAÇO E PERSONAGENS DA CIÊNCIA HISTÓRIA. NESSE SENTIDO, NUM SERIA MELHOR PENSAR NUM PROCESSO DE “DESEDUCAÇÃO” DA UTILIZAÇÃO DA PELÍCULA APÓS REPRODUÇÃO EM AULA? POIS, NECESSITAMOS DE TÉCNICAS E ROTEIROS ATRATIVOS QUE NOS DEEM DICAS DE COMO ANALISAR OS FILMES APÓS SUA REPRODUÇÃO PARA NÃO CAIRMOS NO EXERCÍCIO, ATÉ POR VEZES HABITUAL, DO RESUMO E COMENTÁRIOS ESCRITOS SOBRE ELE. ACREDITO QUE O PROBLEMA NÃO É SOBRE A SUA RELEVÂNCIA PARA O ENSINO E, SIM, EM MÉTODOS QUE AJUDEM AO PROFESSOR PENSAR EM COMO DESENVOLVER TÉCNICAS QUE POSSIBILITEM A ANÁLISE DA PROGRESSÃO DA APRENDIZAGEM SOBRE A NARRATIVA QUE SE PROPÔS APÓS SUA EXIBIÇÃO.
ELAINE SANTOS ANDRADE
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBom dia, Elaine, agradeço sua contribuição. Antes de mais nada, pensemos que, se por um lado, há as narrativas que dizem reconhecer a importância dos filmes no processo de ensino-aprendizagem de História; por outro, na prática em geral, seu uso não está associado a metodologias que permitam explorar suas potencialidades. Logo, o dito reconhecimento se torna parte do problema metodológico. Desviando dessa abordagem, por exemplo, pode-se mencionar o projeto "O Cinema vai à Escola", da Secretária da Educação de SP, que nos ajuda a desenvolver formas de utilização de películas nas aulas.
ResponderExcluirConcordo, nesse sentido, que precisamos discutir métodos atrativos para o uso do cinema em sala, os quais podem ser construídos em colaboração com outras disciplinas e docentes, por exemplo. Isto é, como modo de flexibilizar o tempo das aulas de História e pensando na questão da interdisciplinaridade e transversalidade, tentemos realizar debates e atividades em consonância com outras áreas.
Ademais, não devemos nos afastar do ato da leitura e da escrita durante o processo, por mais chato que seja na visão de, sobretudo, alguns discentes. Mas, em vista disso, por exemplo, relacionar a forma como o livro didático e o filme trabalham o tema, de modo a destacar semelhanças e diferenças (sem, certamente, reproduzirmos o hábito de analisar o filme tentando encontrar o que este não tem e o livro tem). Ou seja, entender como um mesmo conteúdo pode ser discutido de maneiras diversas, permitindo a inserção da turma em um ato reflexivo e não, simplesmente, em uma aprendizagem baseada na assimilação passiva.
Assim, é de grande relevância criarmos novas técnicas que nos permitam melhor analisar o aprendizado acerca da temática que se propôs na apresentação fílmica. Mais que isso, não esquecendo das deficiências estruturais das instituições escolares, atentemos para não dissociarmos o ato de reconhecer a importância dos filmes em sala do de comprovar, na docência, através de metodologias eficazes, que ele é de fato essencial no processo de ensino-aprendizagem histórica.
Atenciosamente, Gabriel Bandeira Alexandre.
Boa tarde, eu acredito que durante a nossa formação nos dias atuais, temos um contato enorme de como usaremos as fontes, que como descrito no texto o filme é uma fonte e não serve como mero entretenimento, ou para ocupar o lugat de uma aula vaga mas sim para nos auxiliar complementando o conteúdo lido que acho que é imprescindível só jogar um filme como o de Maria Antonieta por exemplo sem explicar o contexto não trará resultado algum na aula. Acho que além de toda importância as imagens as cenas ficam gravadas na cabeça do aluno e isso ajuda muito, se nós professores incentivarmos os alunos a criticarem e observarem se não há anacronismo, a entenderem que o filme é uma visão de hoje sobre aquele passado, que o autor o diretor tem uma intenção, enfim. Queria saber o que você poderia me dizer sobre os professores antigos que não tiveram a mesma formação que a nossa, se há encontros, reuniões onde eles discutam esses métodos e fontes para que eles atualizem a forma da utilização dos filmes em sala de aula de uma forma construtiva. Letícia Maria da Silva
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirOlá, Letícia, agradeço sua pergunta. Precisa-se também, além do incentivo e de instrumentos necessários para o uso de outras fontes, do interesse por parte dos docentes no que diz respeito ao uso do filme em sala. Um ótimo espaço, por exemplo, para que ocorra um contato com as transformações na área educacional, é em eventos, como os congressos, os quais permitem ao profissional não se afastar das principais discussões que estão inseridas no meio escolar.
ExcluirExistem outras formas, como capacitações no próprio ambiente escolar, porém é importante que o processo seja em via dupla, uma vez que não só são necessárias novas metodologias, mas também é indispensável, reitero, esforço, por parte dos docentes, no que tange à aplicação delas.
Atenciosamente, Gabriel Bandeira Alexandre.
Boa tarde, creio que o filme é uma importante ferramenta para o ensino da história, tanto em sala de aulas e como nas universidades. Porém quando se vai ensinar algo tendo filme como referência, temos que ter alguns cuidados, porque os filmes são fictícios e nem sempre o que está se passando ocorreu daquela forma, exemplo disso, quando se vai trabalhar escravidão no Brasil, maiorias dos filmes retratam isso como algo pacifico e harmônico entre colonizador e povos colonizados. Minha pergunta é como podemos trabalhar os filmes de modo que podemos descontruir pontos de vistas errados nas escolas e universidades, fazer com que os alunos entendam que o que está passando no filme é uma ficção e não uma realidade, no que temos que se orientar para que o aprendizado não tenha rupturas.
ResponderExcluirMarcelo da Silva Vilhalva
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ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirOlá, Marcelo, agradeço sua participação. Qualquer fonte que utilizemos irá partir de algum lugar sob intervenção humana, isto é, será criada por alguém que pretende apresentar algo através de determinado pensamento. Nesse sentido, não só o filme é uma representação de alguma realidade, como também o que está nos documentos escritos.
ExcluirSe algumas produções fílmicas tendem a apresentar a visão de que o período escravagista foi pacífico, certamente quem produziu pretende legitimar esse pensamento colonialista. Todavia, existem, igualmente, livros de História que se posicionam do mesmo modo. Não é sem motivo que, geralmente, o fim da escravidão é visto sob uma perspectiva que enaltece a Princesa Isabel, com sua assinatura da Lei Áurea, em detrimento da participação dos escravizados no acontecimento.
Se a intenção é romper com posicionamentos de caráter colonial acerca do escravismo, por exemplo, se faz necessário utilizar produções que destaquem a participação dos negros nessa época, suas lutas etc. Certamente, podemos utilizar obras que reproduzam esses preconceitos, entretanto não esquecendo dos devidos questionamentos.
Portanto, antes de utilizarmos qualquer documentação, seja ela fílmica ou não, precisamos saber, sobretudo, em que contexto ela foi produzida e por quem. Mais, atentar para o fato de que não há neutralidade possível no trabalho do professor e do historiador, tampouco nas fontes que ambos se debruçam.
Atenciosamente, Gabriel Bandeira Alexandre.
Boa tarde,quanto à parte que vc cita que a aula de História não convém ao tempo em que se precisa passar o filme, vc não acha que ficaria bom reduzindo o filme com as partes mais importantes, cortando as partes desnecessárias para retratar tal fato que se pretende passar? Porque eu acho que ficaria bom, pois desse jeito os alunos só iriam focar naquele assunto. Outra forma boa de se ensinar através da imagem cinematográfica seria passando documentários, assim cada aula passaria de um conteúdo e os alunos iriam entender bem o assunto.
ResponderExcluirErika Kaori Takaqui
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirErika, boa noite, obrigado por participar. Estou de acordo com essa maneira de utilização. No que concerne ao documentário, precisamos, sobremaneira, descartar a possibilidade de usá-lo enquanto uma aula, por mais que haja a noção de que essa forma do fazer fílmico seja mais verdadeira do que a de um filme ficcional. Sem dúvidas, a linguagem do documentário atua de modo mais direto com os telespectadores, todavia é uma construção assim como qualquer outro gênero.
ExcluirAtenciosamente, Gabriel Bandeira Alexandre.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGabriel,parabéns pelo texto, afinal além de muito bem escrito,traz informações e métodos relevantes, não bastasse isso, está historiograficamente palatável, portanto, repito: parabéns!
ResponderExcluirDado a César o que lhe pertence, pergunto: além da mentalidade estudantil (em decorrência de erros dos nossos pares) que considera filme "aula vaga" ou coisa semelhante, há também a dificuldade do professor (quando reconhece os métodos por você apontado) de selecionar os filmes para tratar de assuntos específicos em sala, pois agradar a geração "z" é realmente ddifícil.Tendo isso em mente, que conselhos você dá para nós, professores, na hora de selecionar o filme? Como atrair o adolescente para aquela película que pode não ser tão dinâmica como os filmes e séries que os estudantes estão acostumados a assistir?
Edmilson Antonio da Silva Junior
Edmilson, gratidão pelo seu comentário! É interessante pensar que há diversos gêneros que tratam de uma mesma temática, ou seja, filmes de comédia que abordam a questão da guerra, por exemplo. Tendo isso em vista, podemos discutir em sala se os alunos têm o hábito de ver filmes e, caso seja uma resposta positiva, quais, geralmente, eles veem e gostam. A partir disso, teremos já alguma informação que nos ajudará na escolha da película.
ExcluirOutro método útil é o corte de cenas específicas a fim de se realizarem discussões através delas, de modo que, dependendo da turma e da duração do filme, não se torna um exercício monótono e cansativo.
Atenciosamente, Gabriel Bandeira Alexandre.
Olá, Gabriel. Belo texto! Também sou professor de História.Tenho utilizado filmes e documentários em sala. Meu grande problema tem sido no entanto a duração dos mesmos. Leciono História da Educação em curso de formação de professores. Para ficarmos em um só exemplo, o clássico "O Nome da Rosa" tem duração superior a 2 horas...Assim, coloco a questão da edição dos filmes, já que nem sempre necessitamos projetar todo o conteúdo. O que acha sobre isso? Aproveitando o ensejo, conhece algum tipo de tutorial que auxilie na edição de filmes? Agradeço...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirAntônio, agradeço sua contribuição! Concordo com você, inclusive é um dos pontos apresentados no texto. Com relação ao tutorial, desconheço, mas, quando é viável utilizar filme disponível no YouTube, eu baixo as cenas que precisarei em sites que convertem vídeos da referida plataforma, pois é possível determinar o início e o fim da parte que se deseja fazer o download. Outra possibilidade é levar a película completa e, no momento de sua utilização, reproduzir somente as partes que se pretendam destacar.
ExcluirAtenciosamente, Gabriel Bandeira Alexandre.
Obrigado, Gabriel. Aproveito para colocar à sua disposição a revista na qual sou editor. A Bantu, revista de educação, história e patrimônio cultural está hospedada nos periódicos UEMG, e recebe artigos em fluxo contínuo. Visite a página.
ExcluirContato por e-mail: revistabantu@gmail.com
Olá, gostei muito das reflexões que o texto propõe. Sou professora do ensino médio de escola pública e também sofro com o tempo da duração dos filmes e também o extenso currículo de história. Tendo em vista essa dificuldade, estou montando uma videoteca dentro da biblioteca da escola e gostaria de saber se dentro do campo acadêmico existe algum curso (pós graduação) nesse área que tanto tenho interesse. Muito Obrigada.
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ExcluirOlá, Suellen, obrigado pela contribuição e parabéns pela sua iniciativa. Se você estiver se referindo à área de Cinema, existem, sim, programas de pós-graduação que te permitem trabalhar com essa área. No mais, depende do que você pretende pesquisar nesse âmbito.
ExcluirAtenciosamente, Gabriel Bandeira Alexandre.
Olá, Gabriel!
ResponderExcluir“... a utilização dos filmes em sala de aula, para além do livro didático, se mostra como um mecanismo didático-pedagógico útil – tanto à História quanto aos docentes e discentes, caso eles sejam utilizados de forma adequada.”
Com o avanço da tecnologia muda o perfil do professor e do aluno, portanto, nas salas de aula sente-se a “urgência” de propostas inovadoras para o ensino-aprendizagem. Diante dessa afirmação, pergunto: Como conseguir envolver os responsáveis pelo ensino-aprendizagem nesse processo de mudança, nessas novas linguagens de ensino?
Obrigada e parabéns pelo texto.
Celiana Maria da Silva.
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ExcluirOlá, Celiana, muito obrigado! Penso a partir da ideia de que é necessário que os docentes, antes de mais nada, queiram fazer uso dessa fonte e, assim, busquem informações acerca de seus variados usos. Evidentemente, não é um processo fácil para algumas pessoas, mas se faz necessário não esquecer que professor, seja ele de qual área for, não pode se alhear do processo de aprendizagem. Problemas relacionados às estruturas das escolas também se colocam como um dos problemas nesse quesito, sobretudo servindo de desestímulo para que um filme, por exemplo, não seja exibido em aula. Dessa forma, as mudanças precisam ocorrer também em questões básicas no que concernem à educação.
ExcluirAtenciosamente, Gabriel Bandeira Alexandre.
Otimo Texto Gabriel, muito bem estruturado e ótimo de ler. Gostei muito da forma que você abordou os Filmes de ficção e os documentários e seu impacto dentro da sala de aula. Você acha que também seria bom apresentar gravações da época ? Como a queda do muro de Berlim, ou o desastre de Hidenburg ou até mesmo certas cenas das guerras travadas na metade do século passado. Estaria de acordo sua proposta de apresentar a sétima arte aos alunos e a criação de um pensamento crítico?. E se seria adequado a se apresentar isso para os alunos.
ResponderExcluirFernando Tiago Souza leal
Fernando, obrigado pelo seu comentário! Estou de acordo com a sua sugestão e, sim, seria adequado discutir esses pontos, mas, claro, dependendo da turma na qual iriam ser exibir tais imagens.
ExcluirAtenciosamente, Gabriel Bandeira Alexandre.
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ResponderExcluirPrezado Gabriel, inicialmente, gostaria de parabenizá-lo por seu texto que, entre outros méritos, sintetiza muito bem os procedimentos relacionados ao uso adequado do cinema em sala de aula, destacando cuidados que devem ser observados também pelos professores de outras disciplinas. A respeito da seleção dos filmes, gostaria de dialogar contigo sobre a escolha de títulos não óbvios para abordar determinadas temáticas, particularmente as obras de ficção-científica, onde questões do passado e do presente aparecem sob a forma de metáforas. O que pensa a respeito? Considera possível realizarmos esse tipo de leitura de filmes com estudantes da Educação Básica? Em caso positivo, quais procedimentos poderia sugerir? Desde já, agradeço.
ResponderExcluirPAULO JOSÉ ASSUMPÇÃO DOS SANTOS
Paulo, agradeço suas apreciações! De fato, é também importante a utilização de filmes ficcionais a fim de que, por exemplo, nos afastemos da ideia do documentário como um conteúdo mais verídico que os outros gêneros. Todavia, é necessário que tenhamos informações suficientes acerca da obra e de quem produziu, relacionando com o seu contexto de produção. Metáforas, geralmente, complexificam o processo de compreensão, por isso é fundamental atenção no que se refere ao conteúdo latente das obras, sempre procurando relacioná-las ao seu lugar de nascimento.
ExcluirAtenciosamente, Gabriel Bandeira Alexandre.
Grato pela resposta!
ExcluirOlá. Por conta do horário das aulas, a utilização de episódios de séries não seria, também, uma opção viável? Tendo em vista que é vasto o leque de produções com temáticas históricas.
ResponderExcluirHeloisa Carolina H. de Oliveira.
Olá, Heloisa, obrigado por participar! Sem dúvidas é uma ótima sugestão, inclusive por ser um tipo de produção que, no geral, alguns alunos estão em constante contato.
ExcluirAtenciosamente, Gabriel Bandeira Alexandre.
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ResponderExcluirCaro Gabriel , antes de fazer minha pergunta , gostaria de parabenizá-lo pelo presente texto enriquecedor ( e o título , espetacular ! ) e também propulsor de debates em torno da questão binomial " História e Cinema " . Você dialoga com outros autores ampliando as reflexões do tema tanto na abordagem em questões em relação ao uso do filme como fonte histórica quanto como ferramenta pedagógica . Sou professor de história e pós graduando em História, Sociedade e Cultura. Mediante suas discorrências , gostaria de saber quais as suas reflexões em torno dos chamados longas metragens de ficção(com histórias ,personagens ) e os documentários na abordagem de um assunto / episódio da história enquanto disciplina escolar em relação ao debate com o corpo discente ? em sua opinião há diferenças nas abordagens ? Na linha do cinema documentário , com raríssimas exceções , penso que existe , de maneira muito intensa , uma barreira quanto de sua utilização nas escolas como ferramenta pedagógica principalmente quando se trata de " obra sem personagens entrevistados " , mesmo que na abordagem contundente e séria pelo professor no diálogo com os estudantes em torno de um assunto histórico . Como você vê também essa questão ? Desde já ficam aqui meus agradecimentos pelo trabalho que me enriqueceu quanto aos meus propósitos acadêmicos e culturais junto ao meu abraço . Mauro Sergio Magalhães - São Paulo - SP .
ResponderExcluirMauro, muito obrigado pelos seus comentários! Sim, há diferenças, sobretudo em relação a esse aspecto mais direto no qual os documentários são constituídos. Quanto à última questão, peço desculpas, mas não compreendi muito bem. De qualquer modo, fico à disposição para discuti-la caso queira reformulá-la.
ExcluirAtenciosamente, Gabriel Bandeira Alexandre.
Olá, Gabriel, parabéns. Interessante sobre a História é que ela pode ser considerada"matéria chata" para alguns e para outros, inesgotável fonte de inspiração para enredos cinematográficos. Nós, professores de História somos os responsáveis por qualquer distorção do conteúdo de um filme, se ele foi escolhido por nós para ser material pedagógico. Temos conhecimento dos caminhos/critérios para evitarmos os erros. Afinal,somos preparados com o "olhar histórico".
ResponderExcluirAcredito que o problema está no entorno do cotidiano escolar. Vários colegas, de áreas diferentes, desde da educação infantil, promovem "sessão pipoca", literalmente são oferecidas as pipocas durante a exibição de um filme. Não seria problemático se tivesse menos frequência.
Os resultados pedagógicos sobre um conteúdo de história selecionado em forma de filme, não seriam melhores se tivéssemos no espaço escolar uma articulação com todo o corpo docente? O comportamento desinteressado por vezes de nossos alunos não seria resultado de experiências anteriores diante dos filmes?
Muito obrigada.
Fátima Ribeiro de Almeida
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ExcluirAgradeço sua contribuição, Fátima! Sim, desde que haja, ao lado dessa articulação, uma metodologia que permita resultados positivos no uso do filme. O desinteresse dos alunos também é um problema, por isso um método eficaz é fundamental, pois é a partir dele que iremos, dentre outras possibilidades, tentar estimulá-los de forma que se integrem à aula. Ou melhor, se interessem pela atividade proposta.
ExcluirAtenciosamente, Gabriel Bandeira Alexandre.
Como você sugere que seja feita uma discussão em sala de aula de ensino basicb com relação a enxergar tanto documentários como filmes ficcionais como representacao e nao como verdade?
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