ENSINO
DE HISTÓRIA E CINEMA: FILMES DE ANIMAÇÃO JAPONÊS COMO FERRAMENTA PARA DISCUTIR A
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
O texto
propõe-se a refletir acerca do ensino de história e cinema a partir de filmes
de animação japonês. De início há um questionamento de Robert Rosenstone (2015,
p. 199) quando discute sobre filmes, indagando: “podemos
realmente representar o passado, de maneira factual ou ficcional, como ele era?
Ou sempre apresentamos apenas alguma versão de como ele possivelmente era ou
poderia ter sido?” Tal reflexão nos leva a atentar ao fato das imagens que
dialogam com o passado impactarem constantemente com a forma que a enxergamos.
O autor está alertando para uma realidade através de imagens que pode ser vista
de maneira diferente buscando representar o passado. E através destas
interpretações se pode retirar caminhos para diálogos com a história,
principalmente no ensino desta.
A
indagação de Rosenstone sobre o cinema reflete na importância que a utilização
de mídia visual nos últimos anos tem proporcionado nas formas de aprendizagem. Autores
como William Meirelles (2004) e Marc Ferro (1975, 1989) têm atentado para a
possibilidade de uso como ferramenta imprescindível na construção de novos
saberes. Nesse aspecto, o cinema se torna instrumento capaz de produzir novas
pontes para o saber histórico. Os filmes têm proporcionado aos historiadores
caminhos para discutir eventos históricos a partir da proposta que o tema
possui.
Contudo,
nem sempre foi assim. Os filmes eram vistos como mero entretenimento, e sua
utilização era inconcebível pelos historiadores diante da infidelidade em
recriar os eventos históricos. Com o tempo, sua aceitação no espaço acadêmico
tornou-se essencial e o cinema passa a representar determinada sociedade,
oferecendo ao expectador imagens que possam ser refletidas e discutidas diante
de novas experiências sociais e culturais trazidas pelo audiovisual. Segundo
William Meirelles (2004, p. 79):
“A
primeira questão a ser considerada é compreender qual o papel que o cinema,
desde o seu nascimento, representa nas diversas formas da produção cultural, já
que o filme é sempre uma forma de expressão de uma certa cultura inscrita em um
determinado contexto sócio histórico”.
Para o autor, devemos analisar como o
filme é proposto visto que sua produção proporciona o contato com sociedades e
sua cultura, papel social, seu pensamento e formas de convivência. O indivíduo
entra em contato com algo que os livros não proporcionam: as emoções através de
imagens. Essas emoções produzem encontros sobre a natureza do ser humano e gera
diversas concepções sobre determinado tema, produzindo novas reflexões.
Robert Rosenstone, ao analisar os
filmes que tentam conscientemente recriar o passado, criou o conceito de “filme histórico”. A proposta do autor
era trazer o cuidado com o passado e levar sua expressão ao presente de modo que
possamos a vir nos relacionar com este passado e que entendamos a história que
nos envolve, pois, “[...] os filmes históricos, mesmo quando sabemos que são
representações fantasiosas ou ideológicas, afetam a maneira como vemos o
passado” (ROSENSTONE, 2015, p. 18).
A
argumentação de Rosenstone nos traz uma reflexão sobre a constante utilização
de imagens que acabam por afetar o conhecimento histórico, pois, conforme Peter
Burke (2017, p. 238) argumenta, “o poder do filme é que ele proporciona ao
expectador uma sensação de testemunhar os eventos”. A posição de Burke neste
contexto é alertar aos perigos que as imagens conduzem diante da tentativa de
recriar o passado e que de acordo com o autor “um filme histórico é uma
interpretação da história [...]” (BURKE, 2017, p. 240), logo, tais recriações
são versões do passado que representa.
É
concebível discutir a relação como vemos o passado através dos vestígios deste
em imagens. É entender que os filmes são interpretações do passado, que segundo
Rosenstone (2015, p. 230) “[...] nos deram ferramentas para ver a
realidade de uma nova maneira – incluindo as realidades de um passado que,
desde então, desapareceram”.
Marc Ferro traz uma nova visão para
compreensão do cinema. Para ele, não basta entender, analisar e criticar o
filme, é necessário entender quais realidades estão por trás dele. Sua
abordagem compreende as imagens como algo que não se pode negligenciar, pois, o
passado está para ser compreendido. Ferro (1975, p. 6) diz:
“O
filme, aqui, não é considerado do ponto de vista semiológico. Não se trata
também de estética ou história do cinema. O filme é abordado não como uma obra
de arte, porém como um produto, uma imagem-objeto, cujas significações não são
somente cinematográficas. Ela vale por aquilo que testemunha. Também a análise
não trata necessariamente da obra em sua totalidade; pode apoiar-se em resumos,
pesquisar “séries”, compor conjuntos. A crítica não se limita somente ao filme,
integra-o no mundo que o rodeia e com o qual se comunica necessariamente.
Nessas condições, empreender a análise de filmes, de fragmentos de filme, de
planos, de temas, levando em conta, segundo a necessidade, o saber e o modo de
abordagem das diferentes ciências humanas, não poderia bastar. É necessário
aplicar esses métodos a cada substância do filme (imagens, imagens sonoras,
imagens não sonorizadas), às relações entre os componentes dessas substâncias;
analisar no filme principalmente a narrativa, o cenário, o texto, as relações
do filme com o que não é filme: o autor, a produção, o público, a crítica, o
regime. Pode-se assim esperar compreender não somente a obra como também a
realidade que representa”.
Ferro discute as imagens como
testemunha do passado. As mensagens que a obra transmite de acordo com a
realidade que pretende transmitir. A representação deste passado no presente
proporciona uma contra análise da sociedade em questão, sendo necessário para o
historiador discutir o que está por trás do visível e não-visível, pois
conforme Ferro (1975, p.5):
“Não é suficiente constatar que o cinema fascina, que
inquieta; eles se apercebem que, mesmo fiscalizado, um filme testemunha.
Termina por desestruturar o que várias gerações de homens de Estado, de
pensadores, de juristas, de dirigentes ou de professores tinham reunido para
ordenar num belo edifício. Ele destrói a imagem do duplo que cada instituição,
cada indivíduo se tinha constituído diante da sociedade. A câmara revela o
funcionamento real daquela, diz mais sobre cada um do que queria mostrar. Ela
descobre o segredo, ela ilude os feiticeiros, tira as máscaras, mostra o
inverso de uma sociedade, seus lapusus.
É mais do que é preciso para que, após a hora do desprezo, venha a da
desconfiança, do temor. A imagem, as imagens sonoras, esse produto da natureza,
não poderiam ter, como o selvagem, nem língua nem linguagem. A ideia de que um
gesto poderia ser uma frase, esse olhar, um longo discurso, é totalmente
insuportável: significaria que a imagem, as imagens, esses passantes, essa rua,
esse soluço, esse juiz distraído, esse pardieiro em ruínas, essa jovem
assustada, constituem a matéria de uma outra história que não a História, uma
contra-análise da sociedade”.
Essa análise implica naquilo que
Rosenstone (2015, p. 53) abordou ao dizer que “a nossa tarefa é exatamente não
deixar que o passado seja o passado, mas colocá-lo à mostra para que ele seja
usado (moral, política e contemplativamente) no presente”. De fato, os filmes
históricos precisam estar representados no presente para se fazer uma contra
análise da sociedade em questão, buscando compreender através das imagens como
o passado é interpretado.
Um dos caminhos para discutir os filmes
e suas representações da história é no espaço escolar. O ensino através do
cinema é constatado por Ferro em seu livro ‘A História Vigiada’ quando menciona
caminhos para facilitar a seleção de conteúdo para professores. O autor enumera
alguns pontos e coloca o filme como instrumento didático. Um dos pontos citados
por Ferro (1989, p. 145) atenta para que “eles
permanecem vivos através das inúmeras obras que suscitam: romances, textos
históricos, filmes”.
Diante disto, há dois filmes que
procuram representar o passado através de animação. Ambos se utilizam do termo filme histórico para tratar dos eventos
da Segunda Guerra no Japão. Túmulo dos
Vagalumes e Gen – Pés Descalços
são filmes japoneses de animação que discutem a guerra e suas consequências e
nos condiciona a analisar os eventos históricos e testemunhar a história
através de imagens.
Túmulo
dos Vagalumes e Gen – Pés Descalços
Os
filmes são ambientados no Japão na Segunda Guerra Mundial e traz o drama dos
sobreviventes na guerra. Ambos podem ser usados em sala de aula como fonte de
estudo para compreensão da sociedade nipônica durante os anos em que esteve na guerra.
Os filmes têm em comum o bombardeio sofrido pelo país e as consequências
geradas pelo conflito.
Túmulo dos Vagalumes (Hotaru no Haka) trata da vida de
dois irmãos, Setsuko e Seita. Ambos vivem em meio a Segunda Guerra e através
dos bombardeios perdem a mãe e sem seu pai, convocado para a batalha e sem
saber de seu paradeiro, vão morar com parentes e acabam insatisfeitos com a
situação, indo se abrigar num abrigo na floresta, lutando contra fome, doença e
as incertezas de suas vidas.
A
ideia em volta da discussão deste filme é tratar os diversos discursos dos
personagens e analisar a situação da sociedade diante dos bombardeios. Há cenas
que mostram o caráter nacionalista da época, que foi se solidificando desde o
período Meiji, o problema da alimentação e do aumento de doenças trazidas por
consequências da guerra e a situação das crianças protagonistas que mostram a
situação dos menores desabrigados devido a perca dos pais e casa. Tais imagens são
importantes para tratar do horror do conflito e da situação japonesa durante a
Segunda Guerra.
A
obra Gen – Pés Descalços trata de
dois filmes autobiográficos lançados em 1983 e 1886 baseados no mangá de keiji
Nakazawa, sobrevivente da guerra e que utiliza o personagem Gen como si próprio
para relatar sua vida. Os filmes narram a perda de grande parte de sua família
após a explosão em Hiroshima e sua luta pela sobrevivência ao lado de sua mãe
grávida e de seu novo irmão adotado até anos posteriores a guerra com os
efeitos da bomba na sociedade.
A
experiência humana na Segunda Guerra através do sofrimento de perda e doença
atrelado a falta de lar, como também, o sentimento contra o nacionalismo devido
a situação do país e o sentimento de raiva pelos norte-americanos pela bomba e
ocupação evidenciados no filme Gen – pés descalços transmite a tragédia humana
pela bomba atômica através de uma proximidade com a realidade acontecida,
fazendo do filme um ótimo exemplo para entender um dos maiores eventos já
acontecidos.
Filmes
históricos como estes possibilitam aos professores de história discutir a
interpretação do passado mediante a historiografia. A utilização das imagens
proporcionará um contato com emoções facilitando a compreensão do aluno ao
visualizar as cenas e com a mediação do professor o assunto tornará mais
compreensível facilitando a relação ensino-aprendizagem.
Considerações Finais
O
cinema permite trilhar novos saberes em sala de aula. Os filmes históricos
proporcionam contato com o passado fazendo com que os alunos reflitam sobre
determinado evento além do fortalecimento na relação ensino-aprendizagem
conduzida pela experiência que as imagens dão aos alunos. Ambos os filmes trazem
visões importantes para discutir a Segunda Guerra no Japão. As consequências do
bombardeio são até hoje alvo de discussões no ambiente escolar e acadêmico, e o
cinema conforme mencionamos neste trabalho, facilita o processo de aprendizagem
e auxilia o profissional como importante instrumento pedagógico.
Referências
Dionson
Ferreira Canova Júnior é graduando do Curso de Licenciatura em História da
Universidade de Pernambuco (UPE) campus
Mata Norte.
BURKE,
Peter. Testemunha ocular: o uso de imagens como evidência
histórica. Tradução de Vera Maria Xavier dos Santos. São Paulo: Editora Unesp,
2017.
FERRO,
Marc. “O filme: uma contra-análise da sociedade?”. In: NORA, Pierre (org.).
História: novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975.
_____. A história vigiada. Tradução de
Doris Sanches Pinheiro. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
MEIRELLES, William Reis. O cinema na
história: O uso do filme como recurso didático no ensino de história. Ensino
& História, Londrina, vol. 10, 2004, p. 77-88.
ROSENSTONE,
Robert A. A história nos filmes, os filmes na história. Tradução de Marcello
Lino. São Paulo: Paz e Terra, 2015.
Filmes
GEN – pés descalços. Direção: Mori Masaki/Toshio
Hirata. Produção: Yasuteru Iwase & Takanori Yoshimoto. Japão: Madhouse,
1983/1986. 1 DVD (170 min), NTSC, color. Título Original: Hadashi no Gen.
TÚMULO
dos vagalumes. Direção: Isao Takahata. Produção:
Toru Hara. Japão: Studio Ghibli, 1988. 1 DVD (93 min), NTSC, color. Título
original: Hotaru no Haka.
Acho muito interessante o filme do Túmulo dos vagalumes, pois retrata uma história mais individualista (dos dois irmãos) o que as vezes quando ensinamos apenas história politica dos grandes acontecimentos o aluno pode não compreender totalmente, porém quando apresentamos uma nova perspectiva, mais "simples" esse aluno entenda as opressões sofridas, o funcionamento diário daquele evento. Dito isso minha dúvida seria em relação a como focar isso ao se apresentar esse filme, acredito que as vezes o aluno pode perder um pouco o foco dos acontecimentos ali relatados e focar muito no sentimental do filme (que acredito que seja muito impactante), como "despertar" esse aluno para que note essas características sociais retratadas no filme?
ResponderExcluirFelipe Avila Dos Santos Traczynski
Boa tarde Felipe!
ExcluirObrigado pelo comentário. Espero que minha resposta atenda seu questionamento.
De fato, muitas vezes ao tratarmos a questão política que envolve a guerra, existe a possibilidade de o aluno não compreender. Há temáticas que são mais difíceis de compreensão para determinada pessoa. No caso do filme Túmulo dos Vagalumes, a dramaticidade que envolve a obra pode causar mais sentimento pelo acontecido com as crianças do que propriamente uma reflexão e sobre a guerra no Japão. A representação do filme procurou trazer o horror e as consequências que a guerra proporciona ao vincular duas crianças em meio ao bombardeio. No contexto de sua aplicabilidade, inicialmente o professor deve mencionar o conteúdo da obra e discutir a representação das memórias da guerra que o filme quer proporcionar. Deve atentar aos estudantes a importância que a obra produz na discussão da temática em sala. Há vários discursos que mostram o pensamento nipônico durante o conflito. Esse “despertar” que mencionas deve ser conduzido pelo professor quando tratar das cenas em que as crianças estão vinculadas e chamar atenção para determinada cena e discuti-la sob à luz da historiografia. Elementos como nacionalismo, crianças desabrigadas e falta de alimentos mencionados no filme, por exemplo, devem ser discutidos para retratar a política conservadora que existiu desde a política de educação estabelecida na Era Meiji e que influenciou no pensamento extremamente nacionalista e imperialista, causando tanto a Guerra do Pacifico e a investida em Pearl Harbor, como também, praticamente todo cultivo era enviado às tropas para seu abastecimento, causando problemas de saúde devido a baixo consumo de alimentos. Tais aspectos são importantes para debate e requer conhecimento da historiografia e da obra a ser usada para proporcionar maior aprendizado aos estudantes em relação a sociedade japonesa na Segunda Guerra.
Att,
Dionson Ferreira Canova Júnior
Olá, Dionson! Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirEu assisti Túmulo dos Vagalumes há alguns anos atrás, e confesso que foi um filme que mexeu comigo de uma forma muito forte. Cheguei inclusive a passar alguns dias com o filme na cabeça, em certa dificuldade de "digeri-lo". Com muitas pessoas que já conversei sobre o filme aconteceu a mesma coisa. Já cheguei a ouvir comentários, inclusive, de professores que pensam nesse filme como sendo um pouco forte demais, até mesmo "cruel" demais, para ser exibido para crianças, mesmo se tratando de uma animação. Eu, contudo, penso que se trata de um filme que consegue representar de uma forma bastante humana o que uma guerra significa, quais as suas consequências, e como ela pode ser destrutiva. Talvez até muito melhor do que os dramas de guerra hollywoodianos, que se centram no espetáculo dos efeitos visuais e da técnica cinematográfica, em detrimento da representação do que a guerra significa em si para as pessoas que são afetadas por ela.
Gostaria de saber um pouco se você já chegou a ouvir outras opiniões acerca desse filme, e se concordas com essas particularidades de Túmulo dos Vagalumes em uma rápida comparação com outros dramas de guerra que costumam ser exibidos nos cinemas.
Diogo Matheus De Souza.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirBom dia Diogo!
ExcluirObrigado pelo elogio referente ao texto.
Túmulo dos Vagalumes é um filme que trato com bastante carinho devido a forma como trata a guerra do ponto de vista de duas crianças. A obra mostra alguns elementos importantes para discutir o Japão na Segunda Guerra. Acredito que este filme possa ser usado tanto no Ensino Fundamental quanto no Médio. A diferença se dá na forma em como vai utilizar a representação da guerra em sala de aula. Os estudantes do Ensino Médio devido a sua maturidade contribuem ainda mais para a utilização do filme.
Não sei se chegaste a assistir Gen, Pés Descalços. A obra cinematográfica traz a questão da explosão das bombas atômicas e suas consequências além de discutir o pós-guerra com a ocupação norte-americana. É uma obra bastante importante para analise devido a Keiji Nakazawa, criador do mangá que deu origem aos filmes de Gen, ser um sobrevivente da guerra.
Em relação as opiniões do filme, conheço pessoas que trabalham com a obra por se tratar de uma representação que busca aproximar a realidade da guerra através das memórias que ali se encontram. Muitas pessoas choram ao ver este filme devido a forma como a guerra proporciona consequências horríveis ao indivíduo.
Sobre a comparação com os dramas de guerra, temos que analisar o invisível do filme. Analisar quem fez, o motivo, a mensagem que quer transmitir, entre outros. Cada filme tem sua particularidade e procura transmitir variadas mensagens. A obra de Isao Takahata é importante do ponto de vista do autor que nasceu em 1935 e tinha aproximadamente 9 anos quando presenciou a derrota do Japão. Então fica aquele questionamento sobre o que o autor quer transmitir e por ser um sobrevivente da guerra, muito do filme é baseado em histórias orais de pessoas sobreviventes como ele e que contribuiu para representar a ambientação do filme de forma mais próxima do acontecido. Essa particularidade em questão torna o filme especial. Espero ter ajudado em sua pergunta.
Att,
Dionson Ferreira Canova Júnior
Interessante o seu texto, além de me proporcionar novas referências para a pesquisa de história e cinema me fez pensar sobre a célebre frase do Peter Burke que diz basicamente que a função do historiador é lembrar a sociedade daquilo que ela quer esquecer e os filmes históricos devem ser uma das maiores armas para que possamos cumprir nosso papel e conscientizar os jovens sobre os horrores da guerra e outros males.
ResponderExcluirPara além da observação, gostaria de saber se você tem outras leituras para indicar, principalmente em relação à recepção fílmica e ao trabalho do historiador frente a uma fonte tão complexa quanto a produção cinematográfica.
Kaio Matheus da Silva Gama
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirBom dia Kaio!
ExcluirObrigado pelo comentário.
Existem alguns livros bem interessantes, colocarei abaixo o que recordo:
Marcos Napolitano – Como usar o cinema na sala de aula
Jacques Aumont – A estética do filme
Marc Ferro – Cinema e história
Mônica Kornis – História e cinema: um debate metodológico (artigo)
Circe Bittencourt – O saber histórico na sala de aula
Espero ter ajudado.
Att,
Dionson Ferreira Canova Júnior