Priscila Nascimento Marcelino e Nismária Alves David


LETRAMENTO DIGITAL: USO DO YOUTUBE PARA ALÉM DA SALA DE AULA


O texto aborda o letramento digital, a partir da utilização da mídia social YouTube como um meio de estender o conhecimento para além da sala de aula. Para isto, foi realizado um estudo de caso com os alunos do 6º ano da Escola Caminho Feliz, na cidade de Pires do Rio, Goiás, este, pautado no uso de questionário. Como fundamentação teórica, utilizou-se Gonnet (2004), Gomes Júnior e Gonçalves (2016), Buckingham (2003), Burgess e Green (2009), Soares (2003), Oliveira (2015), Castells (1999), entre outros relevantes. Os resultados alcançados foram satisfatórios, visto que as respostas dos alunos foram positivas quanto ao uso do YouTube para ajudar na aprendizagem, demonstrando a eficácia e a importância da utilização dessa mídia pelos educadores.

Introdução
As mídias, segundo Jacques Gonnet (2004) são definidas como o equipamento técnico que permite aos homens comunicar a expressão de seu pensamento quaisquer que sejam a forma e a finalidade desta expressão, e podem ser divididas em três categorias: mídias tradicionais, mídias emergentes e/ou alternativas e mídias sociais. Sua heterogeneidade surgiu com a chamada Web 2.0, termo criado em 2004 que,

“Descreve uma nova maneira pela qual os desenvolvedores de software e usuários finais começaram a usar a World Wide Web como uma plataforma onde os conteúdos e aplicações não são mais criados e publicados apenas por certos indivíduos, mas são continuamente modificados por todos os usuários de forma participativa e colaborativa (KAPLAN; HAENLEIN, 2010 apud ROSA; POELLHUBER, 2014, p. 252, tradução)”.

Com a Web 2.0, as mídias sociais tiveram grande amplitude e passaram a ser usadas para conhecer pessoas, compartilhar vídeos, fotos, fazer comentários, enfim, uma gama de recursos que conectam as pessoas. Em se tratando desta gama de recursos, têm-se as chamadas Tecnologias Educativas (TE) que, segundo Carlos Gomes Junior e Anderson Gonçalves (2016), envolvem um conjunto de conhecimentos que podem ser utilizados na educação, e entre elas estão as Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs) como, por exemplo, “o e-mail, as redes sociais, armazenamento e compartilhamento em nuvem [...] que tem a capacidade de transpor as barreiras geográficas e conectar alunos e professores fora da sala de aula” (GOMES JUNIOR; GONÇALVES, 2016, p. 106).

Neste texto aborda-se a mídia social YouTube, visando responder à problemática de que se é possível utilizá-la para estender o conhecimento para além da sala de aula, tendo em vista as dificuldades apresentadas pelos alunos do 6º ano da Escola Caminho Feliz, da cidade de Pires do Rio (GO). A escolha tanto do tema quanto do local a ser feito o estudo, justifica-se pela experiência como professora de História na referida escola, e por ter notado que alguns alunos possuem dificuldades de concentração e de absorção dos conteúdos trabalhados nas aulas, gerando, assim, contratempos ao realizar os trabalhos propostos. Além disso, justifica-se, pela importância de se trabalhar com tecnologias digitais, o que é uma das competências gerais da Base Comum Curricular Nacional (BNCC).

A professora de História mencionada usa o YouTube para publicar vídeos produzidos por ela, com os conteúdos estudados na sala de aula. Devido a isso, a pesquisa de campo se pautou na aplicação de um questionário a ser respondido pelos alunos.

Porém, para pensar em utilizar o YouTube como uma ferramenta para o ensino, é preciso que a professora tenha conhecimento do recurso que quer utilizar (YouTube), tendo em vista suas potencialidades. Surge aqui a perceptível importância de a professora vivenciar as práticas de letramento digital.

Segundo Magda Soares (2003) letramento é o resultado da ação de ensinar e aprender a ler e escrever em diversos contextos formais, informais e para usos utilitários. Por isso, há um leque diverso de tipos de letramentos, tais como o letramento digital, o letramento multimídia, o letramento em SMS, o letramento em jogos, etc., e cada um com características distintas. O letramento digital, segundo Buckingham (2003, apud BARCELOS et al., 2011, p. 02) refere-se a conhecimentos, habilidades e competências necessárias para usar e interpretar mídias. Ou seja, ele se mostra além de uma questão funcional de aprender a usar o computador ou de fazer pesquisas na Internet. Ele mostra a necessidade de entender e usar as mídias, o que é importante para o professor prender a atenção do aluno, e usá-las como ferramenta de ensino, sendo esta a principal relevância desta pesquisa.

A mídia social YouTube
O site do YouTube, foi fundado oficialmente em junho de 2005 pelos ex-funcionários do site de comércio on-line PayPal, Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim. A inovação para a época, segundo Burgess e Green (2009, p. 17) era de ordem tecnológica, pois ele estava entre os vários serviços que tentavam melhorar o compartilhamento de vídeos na Internet:

“Esse site disponibilizava uma interface bastante simples e integrada, dentro da qual o usuário podia fazer o upload, publicar e assistir vídeos em streaming sem necessidade de altos níveis de conhecimento técnico e dentro das restrições tecnológicas dos programas de navegação padrão e da relativamente modesta largura de banda. (BURGESS; GREEN, 2009, p. 17).”

No site, uma pessoa podia enviar um vídeo produzido por ela, assistir vídeos em tempo real, sem ter conhecimentos técnicos para isso, porém, diferente de como o site está hoje, os vídeos tinham um limite de duração. Segundo Castells (1999, p. 13), em julho de 2007, o YouTube lançou 18 sites associados, e um site especialmente para usuários de celular, o que o transformou “no maior meio de comunicação de massa do mundo” (CASTELLS, 1999, p. 13), ou seja, em uma mídia de massa.

O momento de sucesso do YouTube, chegou em outubro de 2006, quando a empresa Google pagou 1,65 bilhões de dólares por ele. No começo de 2008, já figurava de maneira consistente entre os dez sites mais visitados do mundo (BURGESS; GREEN, 2009, p. 18) e, em abril do mesmo ano, já hospedava em torno de 85 milhões de vídeos. Todavia, vale ressaltar que “como empresa de mídia, o YouTube é uma plataforma e um agregador de conteúdo, embora não seja uma produtora do conteúdo em si” (BURGESS; GREEN, 2009, p. 21), isto é, os usuários fornecem o conteúdo que, por usa vez, atrai novos participantes e novas audiências (BURGESS; GREEN, 2009, p. 21).

O YouTube brasileiro por exemplo, apresenta uma gama enorme de vídeos com conteúdo variados: educação, jogos, culinária, filmes, séries, desenhos animados, beleza, ciência, etc., estes podendo ser amadores ou profissionais. É interessante destacar o uso dele por professores, como é o caso da professora citada nesta pesquisa, que produz conteúdo em vídeo e disponibiliza para seus alunos, uma realidade não só dela, mas de outros professores que também fazem uso do site como ferramenta de ensino. Ou então, por aqueles que não produzem conteúdos, mas que utilizam vídeos de outros professores em sala de aula, como mencionado por Luana Bispo e Kelly Barros (2016), em seu artigo ‘Vídeos do YouTube como recurso didático para o ensino de História’.

Dentre conteúdos voltados para o ensino, pode-se mencionar os vídeos com conteúdo científico produzidos por professores de grandes universidades brasileiras, como é o caso do paleontólogo Paulo Miranda do Nascimento, conhecido como Pirula, e do biólogo Atila Iamarino, entre tantos outros.

Percebe-se assim, a importância de conhecer a história do YouTube, para o que ele serve, quais suas características principais, que tipos de conteúdo são publicados nele, para usá-lo como uma TIC, ou seja, agindo conforme prega o letramento digital, que será abordado no tópico seguinte.

O Letramento Digital
Inúmeras pesquisas em torno das áreas da educação, letras e linguística, têm se preocupado em apontar a origem e o conceito do termo letramento. Dentre elas, destacam-se as pesquisas de Soares (2003), Ana Elisa Ribeiro (2003), Angela Kleiman (2008), as quais, segundo Carla Moreira (2012, p. 02):

“Procuram apresentar considerações importantes sobre o letramento, tendo em vista que estamos vivendo em uma sociedade moderna, em meio a várias tecnologias, por isso, é necessária uma visão mais ampla desse conceito para que as pessoas procurem se adaptar a uma nova realidade: a era digital”.

Assim, não se tem um conceito exato do que é o letramento, pois cada autor faz uma interpretação diferente. Kleiman (2008) considera-o como uma prática que não envolve necessariamente as atividades específicas de ler ou escrever, mas um “conjunto de práticas sociais que usam a escrita enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos” (KLEIMAN, 2008 apud MOREIRA, 2012, p. 02). Para Soares (2003 apud MOREIRA, 2012, p. 02), o conceito de letramento “ultrapassa o ato de ler e escrever, pois o sujeito precisa fazer uso dessas práticas” em diversos contextos formais, informais e para usos utilitários. Surge assim, vários tipos de letramento: em rede, multimídia, digital, móvel, em jogos, em informação, entre outros.

O letramento digital vai muito mais além do saber ler e escrever ou navegar na Internet. Ele inclui a capacidade de buscar, localizar, compreender, avaliar e usar a informação em meio digital, em seus vários formatos, isto é, a capacidade de interpretar as mídias. E não menos importante, “a capacidade de compreender e utilizar o computador e softwares” (UNIVESP. Letramento digital - Aula 28, on-line).

Ser letrado digitalmente é de suma importância na era digital, especialmente quando esta se torna uma exigência na educação. O professor precisa conhecer e como já dito, interpretar as mídias para conseguir passar conhecimento aos seus alunos de forma que estes se sintam mais interessados em aprender, visto que os próprios alunos já chegam na escola com várias novidades da era digital. E não só isso, a BNCC, traz em suas competências gerais, pontos que deixam claro a necessidade de compreender e saber utilizar as TICs, as mídias sociais e de se utilizar diferentes linguagens, inclusive a digital:

“1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (BNCC, 2018, grifo nosso).”

Como será abordado a seguir, a professora usa seu conhecimento em letramento digital como um meio de auxiliar suas aulas fora da sala de aula.

Uso do YouTube
Como forma de auxiliar os alunos do 6º ano da Escola Caminho Feliz, na disciplina de História, a professora destes produz vídeos para serem publicados na plataforma do YouTube. Para isto, ela utiliza o computador e um software chamado Camtasia Studio 9, em que é possível gravar vídeo e som, editar vídeos, capturar a tela do computador simultaneamente, fazer anotações, entre outras funções.

Ele é um programa fácil de ser usado, não necessitando de ter experiência com edições e, até mesmo, os próprios alunos podem fazer seus vídeos se bem orientados. O uso deste software, no contexto educacional, demonstra que o conhecimento das ferramentas dele e suas funcionalidades por parte da professora, são ações que compõem uma prática de letramento digital. Vale ressaltar que este letramento não está isolado dos demais letramentos. Como afirma Warschauer (2006, apud BARCELOS et al., 2011, p. 05): “O letramento digital não está isolado dos letramentos praticados com material impresso, mas envolvem novas possibilidades, apresentadas na mídia eletrônica.”

Não é necessário que o professor abandone as outras formas de letramento, mas que as utilize em conjunto com as demais, para possibilitar novos aprendizados e conhecimentos. A imagem 1 e 2 mostram a interface do software Camtasia Studio 9, onde é notável que a mesma é bem intuitiva, apesar de a linguagem ser em inglês.


Imagem 1: Interface do Camtasia Studio 9.
Fonte: Print- MARCELINO, Priscila, 2018.


Imagem 2: Detalhe.

Tem-se a possibilidade, como mostram as imagens, de gravar som e vídeo clicando no ícone “Record”, acrescentar anotações através do “Annotations”, colocar transições com o “Transitions”, importar um vídeo gravado com o celular, por exemplo.

Utilizando o Camtasia Studio 9, a professora então, faz seus vídeos gravando imagem e som. E capturando a tela do computador, são apresentados slides (feitos por ela) com os conteúdos estudados em sala. Os vídeos são publicados no canal intitulado Prih’s Channel, no YouTube. Um exemplo de vídeo publicado no referido canal, é o das imagens 3, 4 e 5. Na imagem 3, é apresentado o layout inicial do canal Prih’s Channel. Nas demais imagens, é exposto um trecho do vídeo, intitulado Revisão para a Prova de História - A Civilização Grega, e o feedback dos alunos, onde eles comentam, curtem e tiram suas dúvidas.


Imagem 3: Página Inicial do Canal Prih’s Channel.
Fonte: Print- MARCELINO, Priscila, 2018.


Imagem 4: Trecho do Vídeo.
Fonte: Print- MARCELINO, Priscila, 2018.

Imagem 5: Feedback dos alunos (comentários).
Fonte: Print- MARCELINO, Priscila, 2018.

Nota-se com alguns dos comentários e das visualizações, que o vídeo foi assistido não só pelos alunos do 6º ano da Escola Caminho Feliz, mas também por outras pessoas que ao pesquisarem sobre o tema, encontraram o vídeo. Assim, é importante saber as opiniões dos alunos sobre este trabalho realizado pela professora, o que foi possível através da aplicação do questionário.

Estudo de Caso
O estudo de caso elaborado para auferir as opiniões dos alunos sobre a disponibilização dos vídeos se torna notável, pois com base nele pode-se vislumbrar se esta forma de utilizar uma mídia social para obter conhecimento para além da sala de aula é possível e eficaz. Para tanto, este estudo foi realizado através de um questionário contendo nove perguntas. Participaram da pesquisa nove alunos (respondentes), todos com a idade de doze anos, sendo estes cinco do sexo feminino e quatro do sexo masculino.

As perguntas: 1 - Você conhece a plataforma do YouTube? Se sim, quando a conheceu? 2 - Com que frequência você costuma utilizar o YouTube? 3 - Para quais fins você o utiliza? Cite alguns dos conteúdos ou canais que você acompanha. 4 - Você gosta do YouTube? Justifique. 5 - Você acredita que o YouTube pode ser um recurso didático para o professor, dentro e fora da sala de aula? Justifique. 6 - A professora de História de vocês, faz vídeos com revisões e publica no YouTube. Como vocês avaliam os vídeos produzidos por ela? 7 - Os vídeos produzidos pela professora de História, ajudam vocês nas provas e nas demais atividades propostas por ela? Justifique. 8 - Quando assistem aos vídeos produzidos pela professora de História, vocês conseguem fazer, por exemplo, uma prova com maior facilidade? 9 - Vocês gostariam que a professora de História, continuasse a produzir vídeos com os conteúdos das aulas? Justifique.

Por motivo de espaço, as respostas dos alunos serão abordadas aqui de maneira geral, mas sem alterar a integridade dos dados. Assim, destaca-se que todos os alunos responderam que conheciam o YouTube e que tiveram contato com ele entre os anos de 2011 e 2014, além de acessarem todos os dias. Os canais que eles mais assistem são de jogos e comédia, salvo os da professora citada e outros educativos, que segundo eles, são para ajudar nos trabalhos escolares. De acordo com 100% deles, o YouTube pode sim ser um recurso para o professor, pois eles gostam e preferem ver vídeos do que ler e ainda afirmam que gostariam que a professora continuasse com os vídeos, e alguns até deram dicas para que esses vídeos pudessem melhorar.

Em vista dos argumentos apresentados, e com os resultados do estudo de caso, é possível perceber a aceitação pelos vídeos e a contribuição dos mesmos para a vida escolar dos alunos.

Considerações Finais
Em virtude da discussão e dos fatos mencionados, ficou evidente que a mídia social YouTube é um meio de estender o conhecimento dos alunos para além da sala de aula, incentivando-os a estudarem mais e melhorando o entendimento dos conteúdos que antes eram disponibilizados pela professora somente durante a aula e de forma escrita.

Cada aluno possui uma maneira própria de estudar, de absorver o conhecimento, que às vezes fica difícil durante as aulas. Mas em sua casa, ele pode estudar no seu ritmo, o que proporciona melhor aprendizado. Sobre esse aspecto, Oliveira et al. (2015, p. 80) afirma:

“Dessa maneira as tecnologias de informação e comunicação operam como molas propulsoras e recursos dinâmicos de educação, à proporção que quando bem utilizadas pelos educadores e educandos proporcionam a intensificação e a melhoria das práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula e fora dela. “

O professor, nesse processo, precisa tomar as mídias e as tecnologias como suas aliadas, como uma contribuição no processo de ensino-aprendizagem. Talvez sejam necessárias capacitações e treinamentos, para que esses professores se sintam seguros na utilização desses recursos, mas é algo que pode ser alcançado. Aliás, a Base Nacional Comum Curricular propõe como competência que os professores saibam lidar com as tecnologias, com as mídias, especialmente porque os alunos, já chegam à escola letrados digitalmente, e o professor precisa acompanhar essa “novidade”, para não cair na famosa frase “temos escolas do século XIX, professores do século XX e alunos do século XXI”, dita por Viviane Senna durante o Seminário, Mulheres Líderes.

Conclui-se que, é necessário que o professor tenha conhecimento do letramento digital, ou seja, saiba utilizar as mídias de forma a ajudar os alunos. Isso significa que o professor deve aprender a ensinar, pois, como Emerson Rolkouski (2011, p. 102) afirma: “O uso da tecnologia está além do ‘fazer melhor’, ‘fazer mais rápido’, trata-se de um ‘fazer diferente’”.

Referências
Priscila Nascimento Marcelino: autora. É Especialista em Letramento, Alfabetização e Inclusão e também graduada em Licenciatura em História, ambas pela Universidade Estadual de Goiás/Câmpus Pires do Rio.
Nismária Alves David: orientadora. É Doutora em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás e Pós-Doutora em Estudos Culturais pelo Programa Avançado de Cultura Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

BARCELOS, G. T.; PASSERINO, L. M.; BEHAR, P. A.; COSTA, G. S. da. Letramento Digital: uso pedagógico de uma rede social na Internet na formação de professores iniciantes de Matemática. IV Encontro Nacional de Hipertexto e Tecnologias Educacionais. Universidade de Sorocaba, 2011. Disponível em: http://www.es.iff.edu.br/softmat/projetotic/portaltic/projetotic/download/leitu/Gilmara_Ambientes_Pessoais.pdf. Acesso em: 05/12/18.

BISPO, L. M. C.; BARROS, K. C. Vídeos do YouTube Como Recurso Didático Para o Ensino de História. Atos de Pesquisa em Educação, Blumenau, vol. 11, n. 3, p.856-868 set./dez. 2016. Disponível em: proxy.furb.br/ojs/index.php/atosdepesquisa/article/download/4864/3471. Acesso em: 05/12/18.

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BURGESS; J.; GREEN, J. YouTube e a Revolução Digital - Como o maior fenômeno da cultura participativa transformou a mídia e a sociedade. Tradução de Ricardo Giassetti. 1. ed. São Paulo: Aleph, 2009.

CASTELLS, M. A sociedade em Rede. 1. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

GOMES JUNIOR, C. S.; GONÇALVES, A. C. Análise do uso das TICs no processo de ensino e aprendizagem dos alunos do Ensino Superior. Mediação, Pires do Rio - GO, v. 11, n. 1, p. 105-124, jan./dez. 2016. Disponível em: file:///D:/Download/projeto%20kenia/6327-23081-1-PB.pdf. Acesso em: 24/10/18.

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OLIVEIRA, C. de; MOURA, S. P.; SOUSA, E. R. de. TICs na Educação: A Utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação na Aprendizagem do Aluno. Pedagogia em Ação, Belo Horizonte, v. 7, n. 1, 2015. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/view/11019/8864. Acesso em: 15/05/18.

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ROLKOUSKI, E. Tecnologias no ensino de matemática. Curitiba: Ibpex, 2011.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

YOUTUBE, Univesp. Letramento digital - Aula 28 - Do letramento digital ao poder digital. Disponível no site: https://www.youtube.com/watch?v=dCHvoByEaPI&t=553s. Acesso em: 05/01/19.


5 comentários:

  1. Parabéns pelo trabalho!

    Utilizo muito este recurso tecnológico para buscar o conhecimento. Acredito e sou convicto mais do que nunca, de que o youtube consiste hoje em uma das ferramentas mais importantes para divulgar uma informação. Admiro Eduardo Bueno e canais como o Brasil Paralelo que se propõem a fazer um trabalho sério e comprometido. A pergunta é: como estimular alunos e principalmente professores a utilizar este recurso para produzir conhecimento uma vez que, percebo diariamente, educadores presos a livros didáticos como se fossem bíblias, a metodologias tradicionalistas e se propondo a serem meros transmissores de algo que seguem como uma cartilha e de forma mecânica? Como fazer com que muitos educadores queriam sair de sua zona de conforto para de uma vez por todas que a influência que exercem em sala de aula tem o poder de estimular o aluno como também fazer com que ele desista de aprender? é preciso dar um novo significado à palavra ENSINAR. Os recursos estão à nossa disposição, basta reclamarmos menos e trabalhar mais.

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    1. Olá, boa noite!!
      Muito obrigada pelo elogio!
      Sua indagação é bem pertinente.
      Bom, do que percebo e do muito que já li sobre isso, para que possamos estimular os alunos e especialmente os professores a utilizarem essa mídia, é preciso que haja uma mudança e também incentivo ainda nos cursos de licenciatura. Mas em que sentido? Mostrando e ensinando para os futuros professores a importância das mídias, das tecnologias digitais no ensino, pois só assim, conseguiremos mudar a percepção (muitas vezes negativa em relação a esses recursos) de muitos professores. Um exemplo: quando eu fazia a graduação, alguns colegas não conseguiam usar um computador ou mesmo pesquisar na Internet assuntos para as aulas, e por isso, durante o estágio, se recusavam a utilizar o computador e o data show (que era o recurso que a escola nos disponibilizava) por não conseguirem manuseá-lo. E por não saberem utilizar, não terem conhecimento, diziam que não adiantava de nada preparar aulas com esses recursos tecnológicos.
      Por isso acredito que o papel principal para que haja essa mudança, está ainda na Universidade. Um professor conhecedor das mídias digitais, letrado digitalmente não terá problemas em transmitir conhecimento de forma mais fácil e eficaz para seus alunos.
      Espero ter respondido sua pergunta.
      Abraço,

      Priscila N.

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  2. "Como fazer com que muitos educadores queiram sair de sua zona de conforto para de uma vez por todas, perceberem que a influência que exercem em sala de aula tem o poder de estimular o aluno como também fazer..."

    APENAS CORRIGINDO TEXTO ANTERIOR

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  3. Primeiramente meus comprimentos pela brilhante pesquisa!

    Devido à massificação do uso de mídias digitais e alternativas, as formas de aprendizado tem se ampliado. Com a democratização da comunicação temos uma quantidade cada vez maior de informação inundando nossas mentes e a dos alunos. Cada vez mais conhecimento dos mais variados tipos é disponibilizado a distância de um clique, o que decentraliza as fontes de aprendizado. Não demora em percebermos a situação sensível a que estamos, onde variados tipos de dados estão espalhados e embaralhados entre si, muitas vezes se confundindo e não dando margem para a clara distinção do que é cientifico ou não, o que gera a necessidade de não só saber filtrar toda essa massa de informação, mas também repassar esta habilidade para os alunos. Tendo estas considerações em vista, qual seria o papel do professor do século XXI? Já estamos em um momento em que o conhecimento simplesmente atravessa nossas vidas a todo tempo e resta aqueles com a habilidade de curador fazer a curadoria dos saberes? Ensinar a fazer a filtragem da informação para que não se incorra no erro de acreditar em informações falsas? Ou seja, nos resta como professores a tarefa de letrar os alunos digitalmente?

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  4. Olá, boa noite!
    Muito obrigada!!
    Sobre seu questionamento, arrisco dizer que o papel do professor desse século, é antes de tudo perceber onde ele está inserido. Mas em que sentido? Temos professores que ainda não se adaptaram às novas tecnologias e que, não são letrados digitalmente. Por não terem essa habilidade não conseguem distinguir uma notícia falsa de uma verdadeira, não conseguem acompanhar as mudanças que estão acontecendo no ensino. Então é preciso que o professor se atente a essas questões. Fazendo essa reflexão, ele poderá perceber que seu papel é ir além do ensinar, do transmitir conhecimento, do letrar digitalmente seus alunos. É, a partir dessas habilidades, formar cidadãos críticos.
    Espero ter respondido sua pergunta.
    Abraço,

    Priscila N.

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