Thiago Acácio Raposo


NAVEGANDO POR MARES (DES)CONHECIDOS: A PESQUISA HISTÓRICA NA ERA DIGITAL


“Por trás dos grandes vestígios sensíveis da paisagem, [os artefatos ou máquinas] por trás dos escritos aparentemente mais insípidos e as instituições aparentemente mais desligadas daqueles que a criaram, são os homens que a história quer capturar. Quem não conseguir isso será apenas, no máximo, um serviçal da erudição. Já o bom historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali está a sua caça” (BLOCH, 2001: 54). 
Jamais compararíamos nossos tão singelos escritos a esta tão bela metáfora, mas valhamos dela para afirmar que o historiador do século XXI precisa aprender também a velejar pelos mares digitais, pescando informações e descartando as que inspiram dúvidas. A função social do historiador rompe as fronteiras da materialidade e adentra esse oceano virtual, como uma forma de garantir a sobrevivência do conhecimento histórico e do seu oficio. É necessário a presença de um historiador (autoridade) para organizar e transformar em história aquilo que é produzido por todos, assim observa Anita Lucchesi (2012). Para a autora,
“A problemática em torno da noção de autoridade na rede é apenas mais um dos aspectos a nos colocar a necessidade de se realizar um exercício crítico e uma operação de seleção ainda mais atenta e rigorosa ao se lidar com o passado, por assim dizer, diluído na rede. A História em migalhas de bytes para lembrar a expressão de François Dosse” (LUCCHESI, 2012: s/p).  
Sem dúvida, a chegada desse universo digital apresentou outros rumos a produção, divulgação e pesquisa histórica. Um público muito mais amplo passou a ter acesso aquilo que é produzido pelos acadêmicos, ao mesmo passo que a própria pesquisa foi facilitada pela possibilidade de acesso a acervos indisponíveis fisicamente, seja pela destruição do acervo original ou pela distância que separa o pesquisador do arquivo. A comodidade do acesso via internet também é um elemento chave, permitindo ao historiador velejar até outros países e cidades sem sair de casa, rompendo as barreiras do tempo e espaço. Em milésimos de segundos, é possível acessar um site europeu e encontrar documentos do Brasil colonial, situação fundamental para a construção de uma pesquisa democrática e sustentável.
Mas quais seriam os sabores proporcionados por estes arquivos? Que tipo de sensações são proporcionadas pela pesquisa nestes espaços? Diferentemente dos arquivos físicos, as hemerotecas digitais não podem oferecer (ainda?) a experiência olfativa ou tática. De acordo com Allerte Farge, em seu livro ‘O sabor do arquivo’,
“[os arquivos] são singulares e complexos, na razão direta em que são saboreados. É preciso desvendá-los em sua materialidade como um mar no qual se mergulha e onde o afogamento pode ocorrer. A definição científica de ‘fundos de arquivos” felizmente não esgota nem seus mistérios nem sua profundeza” (FARGE, 2009: 12).
A autora utiliza sua imaginação histórica para refletir sobre o ato da pesquisa, observando as características subjetivas que marcam a atividade investigativa nos arquivos físicos. Todos os elementos do processo são levados em consideração, a exemplo das sensações provocadas pelo contato com o ambiente, com os documentos, com os arquivistas, com as vidas inscritas naqueles registros etc., evidenciando que estas sensações podem seduzir o historiador a ponto de lhe conduzir ao erro interpretativo.    
É sabido que estas experiências influenciam a subjetividade do pesquisador, levando a seguir determinados caminhos teórico-metodológicos, a optar por um enfoque e a valorizar alguns vestígios em detrimento de outros. A interação dos sentidos possibilita uma influência, normalmente, imperceptível, mas real. Ao passo que pesquisamos, algo passa a nos habitar, a nos transformar.
Essas limitações provocam, a nosso ver, um aguçamento dos sentidos visuais e auditivos, gerando experiências diferentes. Os pesquisadores passam a estimular ainda mais sua imaginação, auxiliada pelos recursos disponíveis e pela dinamicidade proporcionada pela ciberlinguagem. A experiência de Larrosa (2002) entra em cena, impelindo o historiador a desenvolver sua capacidade sensitiva para conseguir imaginar as sensações transmitidas por aquelas fontes. Ele deve parar para sentir, para pensar, para silenciar; deixando de lado toda angustia que pressiona seus estudos, para que seus sentidos não sejam limitados. Ele deve romper o automatismo da atividade investigativa, para se perceber enquanto ser sensível capaz de sentir, mesmo que por meio da imaginação, aquilo que os outros viveram. 
Sandra Pesavento (2013) afirma que a imaginação exerce um papel fundamental na elaboração da narrativa histórica, aonde sendo impossível a apreensão total do acontecimento em sua realidade, parte-se da premissa de imaginar como este teria acontecido. A autora observa uma aproximação entre história e literatura, deixando evidente que o caráter ficcional da história é controlado pelas fontes e pela metodologia histórica.  
A escrita e a pesquisa histórica sofrem transformações a todo momento, sendo a tecnologia um dos elementos que provocam essas mudanças. As indagações propostas pelo investigador partem de questionamentos surgidos no seio da sociedade em que ele está inserido. Nas palavras de Michel de Certeau (1988: 19): “toda interpretação histórica depende de um sistema de referência”, portanto, existe uma historicidade em toda produção historiográfica. Quais são as relações estabelecidas com os documentos e de que maneira eles são tratados? Podemos observar mudanças epistemológicas no que diz respeito a escrita da história? Quais seriam então as questões que norteiam o pensamento dos historiadores neste século XXI?  Tais perguntas são demasiadamente complexas e requerem pesquisas mais pontuais, porém, tentaremos esboçar algumas reflexões.
#Fonteshistóricas
A democratização do saber possibilitada pelo advento da internet impõe ao historiador uma série de desafios. O primeiro deles corresponde a mudança de uma cultura alfabética, caracterizada pela escassez de fontes documentais, para uma cultura digital, aonde há abundância de vestígios. Poderíamos supor que essa escassez da era analógica, corresponderia a uma mera questão de descuido e descarte documental. Mas não seriamos simplistas? É fato que, com o advento do mundo digital, a humanidade passou a produzir mais e mais registros. A virtualidade permitiu isso.
Estes espaços são povoados por dois tipos de documentos: os digitais e os digitalizados.  O primeiro, pode ser um hipertexto, uma fotografia, um jogo, um vídeo, caracterizados enquanto um documento digital, nascidos e mantidos na virtualidade (ALMEIDA, 2011); os documentos digitalizados, comportam arquivos nascidos na materialidade e que são transportados para este universo através de algum processo de digitalização. Predomina no Retalhos Históricos de Campina Grande uma mescla desses documentos. Ao passo que uma fotografia digitalizada é apresentada, um texto digital se apresenta.
Michel de Certeau (1988:28) observara que “cada sociedade se pensa ‘historicamente’ com os instrumentos que lhe são próprios”, aonde a interpretação – elemento chave da produção histórica – é mediada pela técnica. Ao passo que o conhecimento científico ganha novos contornos, a técnica se transforma, buscando oferecer suporte para análise desses novos dados. A operação histórica se atualiza com o intuito de garantir a sobrevivência desse saber, já que existe um dever ético que conduz o historiador a buscar respostas para o presente a qual ele está inserido, evidenciando que em todo passado há também o presente. Por estar incluso neste lugar social, sua subjetividade é transpassada pelos anseios de sua época, de modo que toda história é fruto de seu tempo e “produto de um lugar” (CERTEAU, 1988: 24).

Partindo de tais percepções, pode-se observar que o historiador desse novo século precisa estar atento para a composição das “novas” fontes, surgidas digitalmente ou transplantadas para esse espaço posteriormente, aprendendo a lidar com essa abundância de maneira crítica. Em lugar de relíquias, temos uma riqueza atordoante de fontes (MAYNARD, 2016:108). Ainda não temos uma metodologia definida para lidar com os arquivos digitais, como afirma Maynard (2016), por isso o cuidado deve ser redobrado.
É preciso aprender a velejar, identificar as direções dos ventos, lendo os sinais, muitas vezes codificados, dos monstros do revisionismo e do negacionismo que habitam o oceano digital, afinal eles seriam capazes de afundar o navio. Reconhecendo tais indícios, o historiador pode transformar este mar inóspito em um lugar adequado para a pesca de informações e aguçamentos de sentidos sensíveis.
Desde a emersão da WEB 2.0, com o surgimento das redes sociais e dos blogs, os usuários da rede mundial de computadores alavancaram o processo de produção documental. As escritas de si, antes restritas aos diários de papel, são transportadas para o mundo digital por meio de blogs e redes sociais. A primeira grande rede social de sucesso foi, sem dúvida, o Orkut (RECUERO, 2004). Nele, era possível publicar fotos, conhecer pessoas, mandar recados para seus “amigos”, escrever depoimentos, jogar, entre outras funcionalidades.

Em meio a essa vida virtual, os sujeitos acabaram por produzir inúmeros registros sobre sua existência (BEZERRA; ARAÚJO, 2011). Aquilo que eles eram, ou pelo menos o que tentavam parecer, ficavam registrados naquela ilha. Quantos relacionamentos não surgiram neste lugarejo? Quantos acabaram por conta dele? Quantas propostas de emprego foram possibilitadas ou barradas? Era um caminho sem volta, os homens não conseguiriam mais se livrar dessa segunda forma de vida (a on-line) e ela se transformaria em um dos principais veículos de interação social, para alguns, até mesmo, o único.

Que fim levaram os vestígios produzidos pelos sujeitos no Orkut? Foram armazenados? Todos os registros produzidos no decorrer dos dez anos de funcionamento dessa ilha virtual (2004-2014) foram deletados definitivamente. O descarte documental já praticado nos séculos anteriores toma proporções grandiosas ao conferir a um simples clique o poder de destruir uma quantidade absurda de arquivos. Comparamos esse clique a um grande incêndio, capaz de destruir tudo o que ali está, com a diferença da velocidade, muito mais rápida.

Todas os registros de interações humanas nessa rede social se perderam, evidenciando para o mundo todo um problema já anunciado nos anos noventa pelo arquivista Charles Dollar (1994), que indagava sobre quem seria o responsável pela preservação do registro histórico na era digital.

Ao passo que o historiador tem acesso as fontes, parte-se para a problemática da separação documental aonde é preciso identificar as fontes confiáveis e aquelas de caráter duvidoso. Isso não quer dizer que o historiador deva descartar aquelas que não apresentam confiabilidade, mas para que esteja atento para os discursos revisionistas e apologéticos, de modo que não seja engolido por essas linhas discursivas.

Existem algumas iniciativas no que concerne a construção de banco de dados digitais, preservando algumas páginas de internet. Um exemplo disso é o trabalho desenvolvido pelo site WaybackMachine (https://web.archive.org/), que atualmente conta com um total de 347 bilhões de páginas da web salvas. Essa hemeroteca foi criada em 1996 pela Internet Archive, uma organização sem fins lucrativos que proporciona o acesso gratuito a versões arquivadas de algumas páginas eletrônicas. Para aqueles que desejarem os dados impressos e com autenticação de veracidade, existe a possibilidade de pagar por este serviço.
O que aconteceu com o Orkut é um exemplo que reflete as práticas de comunidades influenciadas pelo constante avanço tecnológico, aonde os sujeitos são instigados a pensar o "velho" como ultrapassado e por isso descartável. Tal prática evidencia uma relação de desprezo e/ou indiferença pelo passado. Da mesma maneira que sites obsoletos são abandonados e posteriormente deletados, o mesmo acontece com os suportes responsáveis pelo contato entre o mundo físico e o oceano digital. 
Durante muito tempo, guardou-se arquivos em disquetes. Mesmo que estes dispositivos de memória tenham sido preservados, seria fácil encontrar um computador munido com um leitor de disquetes? Mesmo encontrado um aparelho com tal leitor, será que ele possuiria os programas necessários para a abertura dos arquivos? É um problema grave, cujas únicas possibilidades de solução parecem partir da preservação dos softwares e hardwares e/ou da constante atualização dos formatos dos documentos.

O processo de crítica interna e externa ao documento renova-se metodologicamente para dar suporte a essa nova realidade, aonde a falsificação documental ganha caráter profissional com o advento dos programas de edição de fotos e vídeos. Como resposta, surgem uma série de iniciativas, principalmente de órgãos públicos, com o intuito de desenvolver as metodologias de análise documental. A termo de exemplo, Patrícia Pinheiro (2016) cita os esforços do setor judiciário brasileiro em encontrar um caminho, por meio de aplicativos e programas, de verificação da autenticidade dos arquivos digitais.

As universidades também estão empenhadas na análise dos documentos que circulam neste espaço. As teses, dissertações e monografias produzidas pelos estudantes estão passando por processos cada vez mais desenvolvidos no combate as práticas de plágio, normalmente a partir do uso de softwares (WACHOWICZ; COSTA, 2017). A própria Web 3.0 acaba por ajudar a identificar as situações de cópia, praticando o simples ato de digitar em site de busca um trecho do texto em questão, comprovando se houve ou não o plágio.

Observa-se, entretanto, que ainda não existem programas ou aplicativos que auxiliem as pesquisas do usuário comum. A prática metodológica mais comum é a comparação de informação entre vários sites, mas isso não apresenta tanta garantia, já que muitas vezes os textos de um site são compartilhados por tantos outros. Sobrepõe-se então a procura por sites mais “confiáveis” para a pesquisa, o que é um tanto problemático, já que essa busca pelo seguro normalmente está associada a busca por uma verdade neutra, impossível de ser produzida ou apreendida.

As hemerotecas digitais acabam por desenvolver um processo semelhante, separando e organizando aquilo que apresenta “confiabilidade”, favorecendo o trabalho do historiador. Esse profissional, por sua vez, já deve ter em mente que todo registro humano é forjado e, por isso, passível de crítica. Com as fontes em mãos, o historiador olha para seu reflexo no espelho e pergunta: como escrever a história na era digital?   

Conclusão

A pesquisa histórica se transforma a cada dia, ganhando novas cores e formas, atendendo aos anseios de uma história viva e com profundas ligações com o presente. As fontes digitais e digitalizadas acabam por proporcionar uma forma mais democratizante de acesso e produção do conhecimento histórico, “rompendo” as fronteiras físicas que separam o investigador/leitor e os documentos. O advento desse mundo digital acabou por transformar as relações existentes entre os sujeitos e os arquivos, provocando sensações e emoções diferentes, possibilitando a construção de narrativas e investigações influenciadas por essas experiências sensíveis.

Referências
Thiago Acácio Raposo, nascido e criado em Campina Grande - cidade do interior paraibano -, atua como professor de História na rede pública estadual e na rede privada. Possui graduação em História pela Universidade Estadual da Paraíba e é aluno da Pós-Graduação em História pela Universidade Federal de Campina Grande.

ALMEIDA, F. C. O historiador e as fontes digitais: uma visão acerca da internet como fonte primária para pesquisas. In: Aedos, n. 8, v.3, jan./jun. 2011. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/16776.

BEZERRA, M. A. A.; ARAÚJO, E. A. Reflexões epistemológicas no contexto do Orkut: ética da informação, sociabilidade, liberdade e identidade. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 16, n. 2, p. 50-66, 2011.
BLOCH, M. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.
CERTEAU, M. A operação histórica. In: LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre (org). História: novos problemas; tradução de Theo Santiago, Rio de Janeiro: F. Alves, 1988. 

DOLLAR, C. M. O impacto das tecnologias de informação sobre princípios e práticas de arquivos: algumas considerações. Acervo - Revista do Arquivo Nacional. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional. Vol. 7, n. 01/02, p. 03-38, Jan./Dez. 1994.

FARGE, A. O sabor do arquivo. [Tradução de Fátima Murad]. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.

LARROSA, J. B. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. In:  Revista brasileira de educação. Rio de Janeiro: ANPEd: Autores Associados, n. 19, p. 20-28, 2002. Disponível em:  http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n19/n19a02.pdf.

LUCCHESI, A. Histórias no ciberespaço: viagens sem mapas, sem referências e sem paradeiros no território incógnito da Web. Cadernos do Tempo Presente, n. 06, 2012.

MAYNARD, D. C. S. Passado Eletrônico: notas sobre história digital. Acervo, v. 29, n. 2 jul-dez, p. 103-116, 2016.

PESAVENTO, S. J. História & história cultural. Autêntica, 2013.

PINHEIRO, P. P. Direito digital. Saraiva Educação SA, 2016.

RECUERO, R. C. Teoria das redes e redes sociais na internet: considerações sobre o Orkut, os weblogs e os fotologs. In: XXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. XXVII INTERCOM. 2004.

WACHOWICZ, M.; COSTA, J. A. F. Plágio acadêmico. BTP, v. 2, n. 3, p. 222, 2017

2 comentários:

  1. Thiago Acácio, antes de mais nada, parabéns pela sua escrita. Seu uso desavergonhado da língua e suas possibilidades é uma grande contribuição para o fazer histórico!
    A preocupação que você traz é muito concreta: de fato, perder tudo aquilo que ficou registrado no Orkut é uma lástima para os historiadores do futuro, que perderam, nas palavras de Cazuza, um museu de grandes novidades - a ascensão de Olavo de Carvalho et caterva, só para citar um exemplo, começou por lá.
    Ao mesmo tempo, sua escrita provoca outras questões: será que tudo aquilo que estava no Orkut (hoje no Facebook) está, efetivamente, registrado, ou documentado? Ou será que não estamos exigindo demais desses sites, que só se dispõem a ser locais de bate-papo? Por outro lado, não temos os papiros egípcios, os pergaminhos medievais, os impressos modernos... o que deixaremos para o futuro? Quanto de nós restará?
    Por último, uma notícia: https://www.npr.org/sections/thetwo-way/2017/12/26/573609499/library-of-congress-will-no-longer-archive-every-tweet

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    1. Olá José Maria, bom dia. Agradeço imensamente seus elogios. Sua reflexão sobre o propósito das redes sociais faz muito sentido. Não tinha parado para pensar que o objetivo destas talvez não passe pela preocupação de preservação. Infelizmente, dessas primeiras décadas da popularização da internet, pouco nos restará. Todavia, iniciativas como essa da Biblioteca do Congresso acabam por nos oferecer uma pequena luz de esperança.

      Abraços!

      Thiago Acácio Raposo

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